
Sou bem mais fã de trazer textos autorais e pessoais do que pesquisas. E tantas reflexões me fizeram chegar ao consenso de que há muito valor a se colher ao ter, no dia a dia, um esporte como o vôlei.
A princípio, você simplesmente sai em busca de um exercício físico — algo para não ficar parado, melhorar a saúde ou emagrecer. Enfim, cada um teria seu objetivo particular. Mas o que você acaba encontrando transcende essa experiência e tem o poder de oferecer muito mais do que aquilo que se buscava.
Através das relações que estabelecemos com a equipe da qual fazemos parte, é possível observar na prática o nosso crescimento e o crescimento do outro. Poderia ser apenas a sua função na quadra, mas você acaba tendo espaço para conversar sobre o dia a dia nos momentos de descontração — e ali, sem dúvida, pode nascer uma amizade genuína.
Além disso, instintivamente você quer aprender, crescer, melhorar e cooperar, pois o jogo só flui assim: quando há cooperação. Assim como na vida, o jogo tem regras — e elas nos convidam a moldar nosso comportamento para que possamos atingir o resultado desejado: a vitória.
Nesse processo, é possível inclusive superar questões pessoais. Sua garra, determinação, caráter e discernimento também entram em jogo, sendo trabalhados paralelamente ao desafio físico. Tudo depende de você e do seu comprometimento — não apenas com o jogo, mas com as pessoas — para que seja uma experiência verdadeiramente fenomenológica, no sentido mais autêntico e vivido da palavra.
No ambiente profissional, muitas vezes buscamos essa mesma engrenagem, na tentativa de nos destacar. Mas nem sempre esse processo acontece de forma tão orgânica e eficaz como o esporte pode proporcionar.
Talvez por isso o vôlei — e o esporte em geral — possa nos ensinar mais do que técnicas e estratégias. Ele nos convida a viver o coletivo, a exercitar o vínculo, a reconhecer o outro e a reconhecer a nós mesmos. E quando conseguimos levar esses aprendizados da quadra para a vida, ganhamos mais do que vitórias: ganhamos sentido.
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