
Ouvi essa frase em um dos podcasts que costumo escutar. Não me lembro exatamente onde, mas lembro do impacto. Gravei-a em mim, como quem encontra um lugar de valor esquecido e, de repente, reconhece ali um lar possível.
Essa ideia me levou diretamente ao conceito deautocompaixão.
É uma palavra bonita de ouvir — suave até. Mas será que é assim tão simples de praticar?
Muitas vezes, parece algo distante. Há quem confunda autocompaixão com pena de si mesmo, vitimismo ou fraqueza. Mas essa é uma compreensão limitada do que, na verdade, é uma habilidade poderosa.
A autocompaixão está profundamente ligada à aceitação. E também à possibilidade de transformação. Quando conseguimos nos olhar com mais gentileza, com compreensão e sem julgamentos, torna-se mais fácil perdoar nossos erros, aprender com eles e seguir em frente com responsabilidade e coragem.
Ser autocompassivo é ser capaz de oferecer a si mesmo o que tantas vezes oferecemos aos outros com mais facilidade: paciência, ternura, apoio. É entender que falhar não nos desqualifica como seres humanos — nos torna humanos. É olhar para a realidade com honestidade e, ainda assim, permanecer com a gente mesmo.
A falta de compaixão por si é um dos grandes entraves para uma vida mais autêntica. Já a presença dela nos devolve ao movimento natural da vida: o aprendizado constante, a mudança, a fluidez.





