
Você já se pegou pensando: ¨Quando eu conquistar determinado objetivo, serei feliz! ¨ ? Ou já parou para imaginar como seria a sua vida se ela fosse perfeita? E essa vida perfeita, seria com tudo no lugar, com todos seus desejos e vontades realizados?
Pois eu já! Há algum tempo eu estava falando em minha análise pessoal que imaginava que se seguisse o roteiro que me deram quando criança, que se resumia em tirar boas notas, ganhar uma bolsa para o ensino médio, passar em uma boa faculdade, me formar e conseguir uma maneira de ganhar dinheiro. Eu conquistaria uma vida perfeita e feliz.
No meio do caminho eu já tinha descoberto que essa era uma ilusão. Uma bem agridoce. Porém, seguir esse roteiro era um caminho, um que me agradava e me dava senso de direção. Então fui atrás de realizar cada um desses objetivos. E para minha alegria, os conquistei. Mas quando cheguei no fim da linha, a coisa desandou.
E questões começaram a martelar na minha cabeça: Onde está a tal felicidade que eu imaginava encontrar? Como assim segui o roteiro que os outros me deram e não deu certo? Como assim estou as voltas com tantos sentimentos? E o que eu faço agora que não tenho um roteiro para seguir? Um enorme vazio se abriu! Fiquei agoniada, angustiada, desamparada. Para onde eu caminho agora? Eu me questionava. Pois bem, foi fazendo análise que o vazio ganhou outro lugar. O vazio virou possibilidade.
Com o roteiro eu estava sentenciada a viver uma vida para os outros. Uma vida que era, e ao mesmo tempo não era, uma vida que escolhi. Depois do susto, do medo e de falar muito em análise passei a olhar o vazio como caminho, como abertura e como possiblidade para colocar nele coisas que eu gostaria de viver. Cheguei a conclusão que não valia a pena lutar para tampar o vazio, para preenchê-lo. Que ele permaneceria ali e seria com ele que eu iria caminhar. Afinal, é o vazio que dá espaço!
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