
Ansiedade é o nome que damos quando o medo não tem mais um rosto definido.
É o aperto no peito, o nó na garganta, o pensamento acelerado… mas, no fundo, o que está ali é o medo — medo do que pode acontecer, do que já aconteceu, do que não conseguimos controlar.
Às vezes, é medo de falhar. Outras, de ser rejeitado. Em algumas situações, é o medo de sentir tudo isso de novo.
Chamamos de ansiedade porque parece mais fácil, mais genérico, mais aceitável. Mas quando paramos para ouvir o que sentimos, com sinceridade e presença, quase sempre encontramos um medo pedindo para ser reconhecido.
Na terapia, aprendemos a dar nome a esse medo. A criar espaço para ele existir, sem julgamento. Porque não se trata de “eliminar a ansiedade”, mas de compreender o que ela está tentando dizer.
E, quando o medo é acolhido, ele costuma diminuir. Porque o que nos assusta mais é o que ainda está escondido.





