
Dizer“não”parece simples, mas para muitas pessoas é um desafio enorme que carrega diversos sentimentos conflitantes. Na clínica, é bastante comum encontrarmos pacientes que, mesmo exaustos ou contrariados, sentem dificuldade em recusar pedidos, estabelecer limites ou priorizar a si mesmos. Por trás desse comportamento, muitas vezes, estão questões como a busca pela aceitação, o medo da rejeição e a necessidade de corresponder às expectativas.
A dificuldade de estabelecer limites pode estar relacionada ao comportamento do indivíduo de se colocar constantemente no lugar do outro, anulando seus próprios desejos para não se sentir “egoísta”, “insuficiente” ou “culpado”. Com o tempo, esse movimento pode gerar grandes impactos na saúde mental, como estresse, ansiedade, angústia, irritabilidade, baixa autoestima e até sintomas físicos (como insônia, dores no estômago, entre outros).
Aprender a dizer “não” é um movimento de autocuidado e autorrespeito.Até quando se silenciar, negar a si mesmo, suas vontades e seus limites, pode ser considerado algo saudável para a construção de relações autênticas?
Falar sobre esse tema em terapia é abrir espaço para que o indivíduo reconheça suas próprias marcas e possa construir, pouco a pouco, um modo de existir mais autêntico e verdadeiro para si.
Psicóloga Carolina Reis
CRP - 04/67760
@carolinareis.psi





