
Por mais que, atualmente, a ideia de psicoterapia como parte dos cuidados com a saúde mental esteja muito difundida (ainda bem), ainda tenho a impressão de que muitas pessoas não sabem exatamente do que se trata um processo psicoterapêutico — ou o buscam mais por influência de quem já faz e diz o quanto “a terapia é boa”.
De fato, um processo psicoterapêutico bem conduzido pode trazer muitos benefícios. Um deles é justamente nos tornarmos mais atentos a nós mesmos e passarmos a nos responsabilizar mais pela nossa própria vida.
Mas, para isso, é necessário que tenhamos uma causa — quero dizer, é preciso haver algo que nos mobilize, que nos convoque para esse processo. Às vezes são sintomas emocionais, físicos, perdas... mas esses sintomas precisam nos incomodar, nos inquietar e nos fazer desejar transformá-los em algo diferente do sofrimento.
O processo psicoterapêutico é desafiador. Por isso, entrar só por modismo ou com uma ideia vaga de “autoconhecimento” talvez não te mobilize o suficiente, tornando o processo desinteressante — e aumentando as chances de você desistir no meio do caminho.
E você, o que, neste momento, te faria buscar a psicoterapia?





