
Muitas pessoas sentem que a vida simplesmente acontece, como se certas situações se repetissem sem explicação. Relacionamentos parecidos, dificuldades que voltam, decisões que parecem levar sempre ao mesmo lugar. Nesses momentos, é comum ouvir alguém dizer: “é o meu destino”. A frase de Carl Jung nos convida a olhar para isso com mais cuidado.
Nem tudo o que fazemos passa primeiro por uma escolha clara e pensada. Grande parte das nossas atitudes nasce de hábitos emocionais, aprendidos ao longo da vida, muitas vezes ainda na infância. São maneiras de reagir, sentir e se proteger que vão se formando sem que a gente perceba. Quando não olhamos para isso, acabamos vivendo no automático.
Esse “piloto automático” pode fazer com que a pessoa repita histórias parecidas, mesmo querendo algo diferente. Às vezes, a vontade é mudar, mas algo parece puxar de volta para o mesmo ponto. Isso pode gerar frustração, culpa e a sensação de estar preso a um caminho que não foi escolhido conscientemente.
Tornar-se mais consciente não significa ter controle total da vida, mas começar a perceber os próprios padrões. É notar o que se repete, o que machuca e o que sempre provoca as mesmas reações. Esse olhar já é um passo importante, porque amplia as possibilidades de escolha.
Na psicoterapia, esse processo acontece aos poucos, por meio da fala e da escuta. Ao contar sua história, a pessoa começa a ligar pontos, dar nome ao que sente e compreender por que certas situações ganham tanto peso. Aquilo que antes parecia “destino” começa a fazer mais sentido.
Quando existe mais consciência, surgem novas formas de agir e de se relacionar. A vida não deixa de ter desafios, mas a pessoa passa a ocupar um lugar mais ativo diante deles. Em vez de apenas aceitar o que acontece, ela pode escolher caminhos que façam mais sentido para si, com mais cuidado e menos sofrimento.
Geovanna Moreira Bastos | Psicóloga e psicanalista - CRP 01/30116
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