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BURNOUT: QUANDO O EXCESSO NOS ATRAVESSA E CONGELA

Um Olhar da Psicanálise

6 jul 2025

Rachel Cavalcanti

Autoconhecimento
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O Burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um fenômeno cada vez mais presente na sociedade hipermoderna, sendo reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um "fenômeno ocupacional". Embora seja frequentemente associado ao ambiente de trabalho e às suas exigências, a psicanálise nos convida a ir além do plano da superfície, buscando compreender as dinâmicas psíquicas inconscientes que contribuem para esse estado de exaustão extrema.


O Sujeito na Sociedade do Desempenho


O filósofo Byung-Chul Han, em sua obra "Sociedade do Cansaço", assinala que vivemos em uma era onde a sociedade disciplinar deu lugar à sociedade do desempenho. Não somos mais apenas coagidos por proibições, mas somos estimulados a ser constantemente produtivos, capazes e a buscar um ideal de "eu" cada vez mais eficiente. O lema é "eu posso", e a falta de sucesso é vista como uma falha pessoal, uma insuficiência de esforço, gerando culpa.

Nesse cenário, o indivíduo se torna seu próprio explorador e explorado. A pressão não vem apenas de fora (do trabalho), mas é internalizada, tornando-se uma autoexigência incessante. A psicanálise aponta que essa internalização está ligada a um Supereu cada vez mais tirânico, que cobra perfeição e um desempenho inatingível.


Desejos Inconscientes e o Ideal do Ego no Burnout


Para a psicanálise, o Burnout não é apenas o resultado de um excesso de trabalho quantitativo. Ele envolve aspectos mais profundos da psique:

1) Desejo de Perfeição e Aceitação: Muitos indivíduos que chegam ao Burnout carregam um desejo inconsciente de serem perfeitos, de serem sempre aprovados e de não falharem. Esse desejo pode estar enraizado em experiências infantis, onde a aceitação estava condicionada ao desempenho ou à "criança que não dá trabalho". O medo profundo de fracasso e rejeição se torna um motor que leva à exploração de si mesmo.

2) Identificação com um Ideal do Ego Irrealista: O indivíduo pode se identificar com um ideal do ego (a imagem de como ele gostaria de ser, muitas vezes inatingível) que é excessivamente demandante. Essa busca por um "eu" idealizado, que deve dar conta de tudo e ter sucesso em todas as áreas, gera uma severidade consigo mesmo. Quando não se alcança esse ideal, há uma raiva narcísica direcionada ao próprio ego, aumentando a sensação de insuficiência.

3) Angústia de Não Ser Suficiente: A constante necessidade de "provar ser capaz" e a dificuldade em estabelecer limites podem ser defesas contra uma angústia de não ser suficiente ou de não ter valor intrínseco. O trabalho excessivo e a dedicação intensa tornam-se uma forma de preencher um vazio interno ou de evitar o confronto com essa angústia.

4) Recalque de Conflitos:Muitas vezes, a pessoa em Burnout recalca (mantém no inconsciente) conflitos internos ou problemas que não consegue enfrentar. O trabalho excessivo e o foco na produtividade podem ser uma fuga, uma forma de evitar o contato com essas questões dolorosas. Essa repressão, no entanto, cobra seu preço no corpo e na mente.


A Paralisação ou o Congelamento como Última Linha de Defesa


Quando o indivíduo não consegue mais suportar a pressão interna e externa, o excesso se transforma em congelamento. O corpo e a mente dão um "basta". A exaustão física e emocional extrema, a dificuldade de concentração, a perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, o cinismo e o isolamento são sintomas de um psiquismo que chegou ao seu limite.

Para a psicanálise, essa paralisação pode ser vista como uma estratégia defensiva final do psiquismo para evitar um colapso ainda maior. É um grito do inconsciente que exige uma pausa, uma revisão de valores e uma reconexão com as próprias necessidades e limites. O corpo somatiza o sofrimento psíquico, e a doença surge como uma "saída" para um conflito insuportável.


O Caminho na Psicanálise


A psicanálise, ao lidar com o Burnout, busca ir além dos sintomas. Ela se propõe a compreender quais desejos, medos e ideais inconscientes estão impulsionando a autoexigência e o esgotamento. A recuperação do Burnout, sob um olhar psicanalítico, não é apenas sobre descansar, mas sobre reescrever a relação com o trabalho, consigo mesmo e com o mundo, permitindo que o sujeito se aproprie de sua própria vida e encontre um equilíbrio que respeite seu desejo e seu bem-estar.

Você já havia pensado no Burnout por essa perspectiva mais profunda?



Enfim…

Se você chegou até aqui, é provável que esteja buscando apoio, compreensão ou, quem sabe, um caminho para lidar com desafios que parecem grandes demais. Quero que saiba que você não está sozinho(a) nessa jornada. A terapia é um presente que você pode se dar: um espaço seguro, acolhedor e totalmente seu, onde podemos explorar juntos o que te aflige e o que te move.

Meu objetivo é oferecer um ambiente onde você se sinta à vontade para expressar seus pensamentos e emoções sem julgamento. Através do diálogo e de técnicas terapêuticas, vamos trabalhar lado a lado para entender suas dificuldades, desenvolver novas perspectivas e construir ferramentas que te ajudarão a viver uma vida mais plena e significativa.

Acredito que todos nós temos a capacidade de crescer e superar obstáculos, e a terapia é um caminho poderoso para despertar essa força interior. Seja para lidar com ansiedade, estresse, questões de relacionamento, autoconhecimento ou qualquer outra demanda, estou aqui para te guiar nesse processo de transformação.

Que tal começarmos essa jornada juntos? Ficarei feliz em agendar uma primeira conversa para que possamos nos conhecer e entender como a terapia pode te ajudar.

Estou à disposição para qualquer dúvida, é só falar comigo pelo WhatsApp.

(85) 9 8883-6380.

Um abraço,

Rachel Marinho Aquino Cavalcanti.

CRP 11/08064.

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