Recentemente lendo o livro ‘a gente mira no amor e acerta na solidão’ da Ana Suy, me esbarrei nessa frase e acabei presa nela por um tempo. Daí me recordei de um vídeo que vi na rede vizinha, ele falava sobre fazermos algo por nós mesmas antes de começar a trabalhar, na tentativa de quebrar o ciclo de se dedicar ao externo antes de se dedicar a si, e fiquei pensando sobre.
Percebi que essas duas temáticas se conectam, mas ao mesmo tempo são atravessadas por um milhão de outras coisas que talvez não caberiam aqui mas não podem ser deixadas de lado, como o fato de milhares de brasileiros não poderem quebrar esse ciclo por estarem inseridos em uma rotina exaustiva de 10 horas de trabalho por dia e mais não sei quantas de transporte público, serviços domésticos, etc.
Mas ao mesmo tempo sou pessoa e sou psicóloga, e faz parte do meu viver e do meu trabalho pensar e repensar sobre as coisas, então quis trazer essa reflexão pra cá. Como podemos, dentro da nossa realidade, nadar contra essa maré e tentar aprender a aproveitar o tempo de uma forma que nos humanize? Como podemos não só existir para trabalhar, mas também existir como pessoa? Pessoa essa que tem vontades, tem quereres, tem afetos, que existe para além do cargo que possui na carteira de trabalho. Pessoa essa que se é e que também quer ser.
Agora falando do lado de cá, já que gosto dos recortes pessoais que me permito fazer nesse perfil: por aqui eu tenho tentado me permitir cultivar alguns hobbies, principalmente os fora da tela, e me policio para deixar o trabalho dentro do horário de trabalho (quando possível, claro).
Mas me conta aqui nos comentários: o que você anda fazendo para aproveitar o seu tempo de uma maneira que te humanize?
Wanessa Rodrigues
Psicóloga Clínica
CRP 09/17401
(62) 996753624
