
A dependência emocional, sob a ótica da psicanálise, está profundamente enraizada em experiências e desenvolvimentos psíquicos precoces, ecoando muitas das dinâmicas que vimos na simbiose. Ela se manifesta como uma necessidade excessiva e insaciável do outro para a regulação da própria autoestima, segurança e bem-estar.
Aqui estão os principais pilares psicanalíticos que explicam a dependência emocional:
1.Falhas no Cuidado: Se as necessidades do bebê não são atendidas de forma consistente, ou se há uma superproteção que impede o desenvolvimento da autonomia, pode ocorrer uma "fixação" nessa fase. Isso significa que o indivíduo, na vida adulta, continua a buscar no outro a satisfação e a segurança que não foram adequadamente internalizadas na infância. A dependência emocional seria uma tentativa de recriar essa fusão primordial e obter a satisfação que faltou.
2. Dificuldade na Separação-Individuação: Mahler e a Teoria da Separação-Individuação: Margaret Mahler, uma psicanalista do ego, descreveu o processo de separação-individuação, no qual a criança gradualmente se diferencia da mãe e desenvolve um senso de si mesma como um indivíduo separado.
3.Desenvolvimento Incompleto: Na dependência emocional, esse processo pode ter sido incompleto ou problemático. O indivíduo pode ter medo de se separar do outro porque isso evoca a angústia de abandono ou a sensação de desintegração do "eu". O outro se torna um "objeto de transição" permanente, uma muleta para a própria identidade.
4.Baixa Autoestima e Identidade Frágil:Espelhamento: A pessoa com dependência emocional muitas vezes tem uma autoestima frágil e uma identidade pouco consolidada. Ela busca no outro um "espelho" que lhe confirme sua existência, seu valor e sua completude. A validação externa se torna vital, pois a validação interna é insuficiente.
5.Idealização do Outro: Assim como na simbiose, há uma idealização do parceiro, que é visto como o salvador, o preenchedor de lacunas, a fonte de felicidade e segurança. Essa idealização impede a visão realista do outro e de si mesmo.
6.Medo do Abandono e da Solidão: No cerne da dependência emocional está um profundo medo do abandono e da solidão. A ideia de ficar sozinho é insuportável, pois é associada à desamparo e à aniquilação do eu. O outro é percebido como a única fonte de segurança e significado.
Em síntese, a psicanálise vê a dependência emocional como uma manifestação de conflitos psíquicos não resolvidos na infância, especialmente aqueles relacionados à formação da identidade, à separação da figura materna e à internalização de um senso de valor próprio. O tratamento psicanalítico busca, portanto, ajudar o indivíduo a compreender as raízes desses padrões, a fortalecer seu ego, a desenvolver uma autoestima mais sólida e a estabelecer relações mais maduras e autônomas, onde o outro é reconhecido e valorizado em sua própria individualidade, e não apenas como um meio para satisfazer necessidades internas.
Enfim…
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Rachel Marinho Aquino Cavalcanti.
CRP 11/08064.





