
Encerrar um relacionamento raramente é simples. Mesmo quando a decisão é consciente, ela costuma vir acompanhada de dor, confusão e um vazio difícil de nomear. Afinal, não estamos apenas nos despedindo de uma pessoa, mas também de uma história, de rotinas, de sonhos construídos a dois.
O luto amoroso é real.br>Muitas pessoas se cobram para “seguir em frente” rapidamente, como se sentimentos tivessem botão de desligar. Mas o fim de um relacionamento envolve um luto legítimo, que pode passar por várias fases: negação, raiva, tristeza, recaídas, e só depois, aceitação.
É comum oscilar entre querer voltar e lembrar o motivo do fim. Sentir saudade não significa que a relação era boa, apenas que ela fazia parte de você. E sim, às vezes ainda existe amor — mas amor, sozinho, não sustenta um vínculo. É preciso também respeito, cuidado, presença, reciprocidade.
Você não está chorando só por quem o outro foi, mas também pela versão sua que existia naquela relação.br>Quando um relacionamento termina, não é só o outro que vai embora — vai embora também uma parte da sua identidade que se moldou àquele vínculo.
Sair de um relacionamento pode ser um ato de amor-próprio.br>Principalmente quando você percebe que está se anulando, que os limites estão sendo ultrapassados ou que o cuidado deixou de existir. Escolher ir embora, mesmo amando, é uma forma profunda de cuidar de si.
A cura começa com acolhimento.br>Permita-se sentir a dor, sem julgamentos. Não é fraqueza, é humanidade. Chorar, escrever, procurar apoio, buscar terapia — tudo isso faz parte de um processo de reconstrução. E ele não é linear, mas é possível.
Você não perdeu o amor da sua vida.br>Você está se libertando para viver um amor mais verdadeiro, inclusive por você mesma.





