
Já percebeu como certas situações parecem se repetir na vida, como se estivéssemos presos a um ciclo invisível? Relacionamentos que seguem roteiros parecidos, escolhas que nos levam às mesmas frustrações, ou sentimentos que retornam mesmo quando achamos que já superamos.
Freud, em seus estudos, nos trouxe um conceito essencial para entender isso: tendemos a repetir no presente aquilo que não conseguimos elaborar no passado. Ele explica que, muitas vezes, não basta apenas recordar nossas experiências - o que nos marca profundamente se manifesta na forma de repetições inconscientes. E é justamente nesse ciclo que surge a oportunidade da transformação.
Na terapia psicanalítica, essas repetições ganham um espaço seguro para serem exploradas. O que se repete pode finalmente ser elaborado, não por pressa, mas por meio do processo de fala, reflexão e escuta atenta. É nesse movimento que conseguimos perceber padrões, dar sentido às experiências e, aos poucos, transformar antigos roteiros em novas escolhas.
O mais importante é lembrar: repetir não é sinal de falha ou culpa. É um indicativo de algo que ainda pede atenção e compreensão. O trabalho da análise é justamente abrir espaço para essa elaboração, permitindo que o que parecia destino possa, de fato, se tornar escolha.
Se você sente que se encontra preso a padrões que não entende ou que se repetem em sua vida, a terapia oferece um caminho para explorar essas experiências, dar sentido e abrir novas possibilidades. Afinal, como Freud nos ensinou, é atravessando nossas repetições que podemos transformá-las.





