
Você abre o Instagram quase no automático. Passa o dedo pela tela, vê alguém com a pele impecável, uma legenda motivacional e um café com espuma perfeita. Depois, alguém correndo 10 km às 6 da manhã. Um casal viajando. Um bebê dormindo em paz num quarto pinterestável. Você ainda está de pijama, o cabelo preso daquele jeito que só você sabe, respondendo e-mails com um olho no celular e o outro tentando não se perder de si.
Respira.
A verdade é que estamos cansadas. Cansadas de ter que parecer bem o tempo todo. De mostrar que estamos “vivendo intensamente”, quando por dentro mal conseguimos sentir alguma coisa. As redes sociais, que vieram como ferramentas de conexão, aos poucos foram nos engolindo. E o preço disso tem sido alto — especialmente para quem, como você, carrega tantas funções, sonhos e cobranças.
A geração do “não posso desaparecer”
Quem nasceu nos anos 80 e 90 cresceu sem internet, mas entrou na vida adulta com o peso de ter que performar nela. É como se, de repente, viver não bastasse — é preciso mostrar que se está vivendo. Só que nem sempre a vida real combina com o filtro. Às vezes, você só está tentando sobreviver.
E nesse esforço para “não sumir”, “não perder relevância”, “não parecer fracassada”, a gente vai se afastando da própria verdade. Vai moldando a legenda pra parecer mais leve. Vai sorrindo na selfie depois de um dia difícil. Vai se medindo pelo número de visualizações, curtidas, reações.
É exaustivo.
A comparação silenciosa
Você sabe — racionalmente — que aquele corpo, aquela casa, aquela rotina mostrada nos stories não contam tudo. Mas a comparação não é racional. Ela é sutil, constante, emocional. Ela entra pelas frestas da autoestima e vai criando a sensação de que você ficou pra trás. Que todo mundo está vivendo melhor, amando mais, se cuidando melhor.
A comparação, quando não vigiada, vira crítica. E a crítica se volta contra você mesma: “Por que eu não consigo?”, “Por que comigo é tão mais difícil?”, “Será que tem algo errado comigo?”.
Não tem. Você só está cansada. E sobrecarregada de imagens irreais que consomem mais do que inspiram.
Reconectar: menos palco, mais presença
Você não precisa desaparecer das redes. Mas talvez precise aparecer mais para si mesma. Reduzir o tempo online, silenciar perfis que te adoecem, buscar mais conexões reais do que validações digitais. É um exercício de coragem: se desconectar para se encontrar.
Pergunte-se com frequência:“Isso que estou postando é um reflexo ou uma performance?"
E mais importante: “Eu estou presente no que estou vivendo — ou só preocupada em registrar?”
A vida de verdade acontece nos detalhes que o algoritmo não captura: o riso no meio do caos, o silêncio no meio do barulho, o alívio depois do choro. Isso ninguém posta, mas é o que realmente importa.
E se você estiver sentindo demais?
É comum sentir ansiedade, esgotamento, comparação, culpa ou até uma espécie de “anestesia emocional” quando se está imersa nesse ciclo digital. E não, você não precisa enfrentar isso sozinha. Fazer terapia é um passo poderoso para voltar a se escutar — com profundidade, com verdade, com afeto.
👩💻Sou psicóloga online e estou aqui para te acolher nesse processo.
Se você sente que está vivendo no modo automático e precisa se reconectar, me chama. Vamos conversar sobre o que está por trás de tudo isso.
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