Finais de semana, para mim, sempre representaram um momento de recarregar as baterias. Uma das minhas atividades favoritas é estar em um lugar bonito e aconchegante, contemplando aquele momento, imersa na experiência de estar presente.
Em um desses momentos, observei uma pessoa na praia, com seu traje de banho, aproveitando a pouca incidência solar daquele dia em uma faixa de areia bem pequena. Lembro de pensar comigo: "Tomara que o sol fique um pouco mais, para que ela possa curtir esse momento tanto quanto eu estou curtindo o meu."
Foi um instante de empatia. Eu poderia ter julgado: afinal, estava fazendo 20 graus e o vento fresco soprava intensamente. "Como ela consegue ficar ali naquele clima tão fresco?" Mas optei por um outro olhar, mais acolhedor. Escolhi pensar que, para ela, aquele momento fazia todo sentido.
Naquele instante, escolhi não ser uma espectadora julgadora e me tornei uma testemunha de um momento de alegria vivido por outra pessoa. Uma alegria que se revelava no largo sorriso da moça, enquanto ela curtia a tarde fresca em frente ao mar.
Essa experiência me trouxe uma reflexão profundamente humanista: a empatia exige que abramos mão de nossas lentes pessoais e nos esforcemos para enxergar o mundo pelos olhos do outro, sem julgamentos. Carl Rogers defendia que a empatia é uma das chaves para compreender e respeitar as diferentes experiências de vida. Ela nos convida a reconhecer que cada pessoa está fazendo o melhor que pode com as condições que possui e os valores que norteiam sua existência.
A empatia transforma a maneira como percebemos o mundo e nos conecta com nossa humanidade compartilhada. Por isso, deixo aqui meu convite: experimente a empatia. Ela pode ser um caminho poderoso para nutrir sua relação com o outro e consigo mesmo.
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