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Cicatrizes

Possivelmente a maioria de nós possui no corpo alguma marca, alguma cicatriz visível que nos lembra alguma brincadeira de criança, alguma cirurgia, ou um acidente. Fora essas marcas explícitas, há algumas que ninguém nota na pele, mas estão ali. Embora não seja vista, é sentida, no íntimo. Uma repetição incessante, uma dor psíquica intensa, um medo profundo, a dificuldade para tomar decisões ou a fuga quando é preciso tomar as rédeas da própria vida. Trauma. Não tem jeito, não dá para escapar, quem está vivo, experimenta algo da ordem do traumático. Desde o nascimento, imaginem só: estávamos lá no conforto do ventre materno e de repente somos forçados a sair para um local até então desconhecido.




A Vida é constante movimento e que bom que ela é assim!


Cotidianamente, desde que nascemos, estamos sujeitos a pequenos ou grandes experiências traumáticas, temos encontros, amamos, somos correspondidos, ou não. A oportunidade de encarar nossa história em profundidade, nos ajuda a desarticular seus desdobramentos.



Para a Psicanálise o trauma não é o acontecimento por si só, mas a situação que o sujeito experienciou e não teve condições de simbolizar, ou seja, ele experimentou a situação, mas não encontrou no psiquismo nada que pudesse representar aquele acontecimento que causou uma emoção tão forte e ficou sem sentido, não pode ser compreendido internamente. O que é traumático para uma pessoa, pode não ser para outra, dependerá da capacidade psíquica de cada um de lidar com determinada situação.

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