
Vira e mexe quando estou em contato com outras pessoas, seja atendendo ou não, escuto a frustração das mesmas em relação à mudança na terapia. Muitos chegam com a ideia de que todos os seus problemas serão resolvidos, e a vida vai começar a andar a partir dali. E na maioria das vezes não é bem isso que acontece, muito menos na forma e no ritmo que gostariam.
Mas, para começar, o que é mudança? Para Tom Andersen, a mudança (terapêutica) é um processo colaborativo e dialógico entre cliente e terapeuta que envolve a construção conjunta de novas perspectivas e significados. Além disso, ela ocorre quando somos capazes de examinar nossas perspectivas, compreendendo como elas foram formadas e levando em consideração os atravessamentos sociais e culturais.
Lendo assim pode até parecer fácil, ou simples, mas a mudança é um processo, assim como a terapia. E através de ambos somos convidados a criar novas perspectivas e significados, que podem nos permitir uma maior liberdade e flexibilidade na maneira com que nos relacionamos com o mundo ao nosso redor, com a vida, e com os outros.
A mudança não só pode como é diferente para cada um. Às vezes a mudança pode ser ter a coragem de começar a fazer terapia; às vezes a mudança pode ser a possibilidade de existir de uma maneira diferente nesse contexto; às vezes a mudança pode ser um pensamento novo, que não havia te ocorrido antes; às vezes a mudança pode ser aprender a falar não, e às vezes pode ser aprender a falar sim; às vezes a mudança é pequenininha, e na hora quase passa despercebida, mas às vezes ela é grandona, e mexe com tudo ao redor.
E por ser um processo ela também não é linear, não é sempre crescente e constante, muito pelo contrário, tem altos e tem baixos, vem pequena e vem grande, te limita e te evolui. Mas te transforma.
Wanessa Rodrigues
Psicóloga Clínica
CRP 09/17401
(62) 996753624
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