“Tudo pode ser tirado a um homem, menos uma coisa: a última liberdade humana - escolher a sua atitude em qualquer conjunto de circunstâncias, escolher o seu próprio caminho.” — Viktor Frankl
Quando falamos em liberdade de escolha, muitos podem pensar: Que bobagem, na verdade não somos livres.
De fato, existem inúmeras circunstâncias que não estão sob nosso controle, portanto, não podemos escolher qualquer coisa. Não escolhemos quando e onde nascer, qual seria a nossa família, nossa condição financeira, nossos traços genéticos.
Isso está dado, mas sob o olhar da psicologia humanista-existencial somos livres para escolher, pois mesmo que tenha um contexto dado, sempre podemos escolher como nos posicionar diante daquilo que nos foi dado.
Tenho a liberdade de escolher como reagir, aliás, tenho a liberdade de escolher se vou ou não reagir.
É desta liberdade que estamos falando, de uma liberdade que implica em uma escolha e, consequentemente, em renúncias e responsabilidades.
O ser humano é livre para escolher como vai viver sua vida, quais valores vai adotar para si, qual é a construção que realizará de si mesmo.
Na abordagem humanista-existencial, a psicoterapia foca no desenvolvimento da liberdade de escolha ao promover uma maior autoconsciência e responsabilidade pessoal. O terapeuta atua como um facilitador, criando um espaço de aceitação e empatia, onde a pessoa se sente livre para explorar seus sentimentos, medos e limitações sem julgamentos.
Ao longo do processo terapêutico, a pessoa é incentivada a se conectar com seus valores, desejos e emoções mais autênticas, o que a ajuda a perceber como suas escolhas anteriores podem ter sido influenciadas por pressões externas, como expectativas sociais ou familiares. O trabalho é em direção a uma maior compreensão de si mesmo, permitindo que a pessoa faça escolhas mais alinhadas com quem realmente é.
Além disso, a terapia ajuda a pessoa a enfrentar a "ansiedade existencial" que muitas vezes surge ao lidar com a liberdade. Através do apoio terapêutico, ela aprende a lidar com a incerteza e a angústia de ser livre para escolher, ao mesmo tempo em que aceita a responsabilidade por suas decisões.
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