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Foto do escritorLarissa Raquel de Mello Mann

Que espaço damos para a tristeza em nossas vidas?




Tristeza. Angústia. Desânimo.

Desde pequenos fomos ensinados a ficar distante dessas palavras, sequer nomeá-las. Elas são Aquele-que-não-deve-ser-nomeado entre os sentimentos.

Tá triste? Não fica assim. Poxa, pra que ficar triste?

Angústia? Angústia do que? É só deixar quieto que passa.

Desânimo? Não fala isso, vai procurar alguma coisa pra fazer.

Acontece que se essas palavras existem, elas têm um significado, certo?

E quando foi a última vez que nos permitimos ficar tristes sem tentar (incansavelmente) fazer esse sentimento sumir, sem nem mesmo olhar um pouquinho melhor pra ele?

Ou ficamos desanimados e angustiados e imediatamente procuramos algo para preencher esse vazio, fugindo dele.

A verdade é que estar triste dói. Angústia, desânimo, frustração. Tudo isso dói, é incômodo e machuca.

Mas também é verdade que olhando ou não, a dor continua ali. Olhando ou não, o vazio aumenta.

É como uma ferida aberta. É horrível olhar para aquilo e ver o nosso próprio sangue escorrendo, prestar atenção nos pontos machucados, lavar o ferimento e só então passar um curativo (que muitas vezes também é ardido).

Mas é assim que fazemos para nos curar. Nós olhamos, entendemos e então, cuidamos. Acolhemos.

E por que com a nossa mente isso seria diferente?

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