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Recalque: O Silêncio que Fala na Psicanálise

Foto do escritor: Nilson Dias CastelanoNilson Dias Castelano

O recalque, conceito central na psicanálise freudiana, refere-se ao mecanismo de defesa que afasta da consciência desejos, memórias ou afetos considerados ameaçadores. Ao ser "esquecido", o conteúdo recalcado não desaparece; ele continua atuando no inconsciente, influenciando comportamentos, sintomas e sonhos. Freud comparava o recalque a uma barreira que, ao mesmo tempo que oculta, também revela, pois o reprimido sempre retorna, seja em lapsos, atos falhos ou formações sintomáticas.


Esse processo não é apenas individual, mas também cultural, já que a civilização exige a renúncia a pulsões primitivas. O recalque, portanto, é um preço a ser pago pela vida em sociedade, mas também uma fonte de conflito psíquico. A terapia psicanalítica tem um papel fundamental nesse contexto, pois busca trazer à tona esses conteúdos recalcados, permitindo ao sujeito reinscrevê-los em sua história de forma menos angustiante. Através da análise, é possível compreender os mecanismos do inconsciente e transformar o sofrimento em autoconhecimento e liberdade.


Se você se identifica com essas questões ou busca entender melhor os conflitos internos, a agenda está aberta para novos pacientes. Vamos juntos explorar os caminhos da mente.


Referências:


FREUD, S. A Repressão (1915). In: Edição Standard das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.


LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J.-B. Vocabulário da Psicanálise (1967). Martins Fontes.

 
 
 

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