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Síndrome de Burnout: onde estão os desejos?

Foto do escritor: Daniela ScridelliDaniela Scridelli

Atualizado: 8 de nov. de 2023

A síndrome de Burnout tem tido um crescimento frequente no que tange a atendimentos clínicos. Casos de pacientes em sofrimento em nível moderado a grave tem revelado uma lógica bastante desoladora, tanto de homens, quanto de mulheres adultos.

No que se refere aos sintomas do Burnout, destaca-se: esgotamento físico, emocional, sensação de insegurança e fracasso, alterações repentinas de humor, cansaço excessivo, busca por isolamento, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, urticárias emocionais, dentre outros que compõem um quadro de exaustão.

Tais sujeitos sentem-se "mergulhados" em uma atmosfera em que o peso externo passa a se tornar um fardo, deixando-o cada vez mais desanimados frente às cobranças que observam ao seu redor, posto do imperativo da sociedade em que vivemos que cobra rotineiramente por resultados crescentes que passam a ser fundamentais para o que se compreende como sucesso profissional.

Mas, nessa travessia que vai, gradativamente, se tornando extenuante, como ficam os sujeitos e seus desejos? Seus planos pessoais? Seus projetos? Ser e ter cumprem funções equilibradas em sua travessia? Estas e outras indagações podem ajudar no processo de reinvenção de si nos atendimentos terapêuticos.

Muitas pessoas demoram a perceber que estão adoecidas e em sofrimento psíquico e emocional, às vezes, porque se cobram demais, por vezes, porque acreditam que sempre podem ir além de seus limites.

A busca pelo profissional que possa acolher, dialogar, trabalhar as emoções, sentimentos na psicoterapia em parceria com o sujeito ali em questão e suas peculiaridades auxiliando-o a traduzir em palavras o que sente, é fundamental para a conquista de qualidade de vida em todos os sentidos.

Por vezes são inconscientes as causas/ motivações para a aceitação ilimitada de cobranças externas, preocupações com o futuro. Mergulhados nos desejos que não sao seus, mas que vem de fora, mantém-se distanciados da busca pelo autoconhecimento tão imprescindível à constituição de vivências harmônicas e mais felizes.

Aprender sobre si mesmo, desvendar a si mesmo e sobre a humanização das relações, sejam de trabalho, familiares, afetivas, bem como, sobre seus limites, é fundamental para a (re) descoberta dos estados desejantes e, por consequência, da possibilidade de ser sujeito em sua travessia e não mero objeto de uma lógica externa.


Para saber mais, leituras significativas:

* Sociedade do cansaço - Byung Chul Han


* O tempo e o cão: a atualidade das depressões - Maria Rita Kehl


* O mal estar na civilização e outros escritos - Sigmund Freud


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Daniela Scridelli Pereira

CRP: 18/7611

Contato: (66)984406375

https://www.terappia.com.br/psi/daniela-scridelli-pereira



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