Um dos maiores desafios quando falamos de saúde mental é a validação do sofrimento. Um sofrimento que é tão real e avassalador, mas invisível aos nossos olhos. Não dá pra ver a angústia em exames de rotina. Não conseguimos fazer um raio-x da ansiedade. É uma camada emocional interna que toma conta do nosso ser, mas ninguém consegue enxergar nada disso, nem nós mesmos!
A psicologia funciona através da linguagem, da fala. Até o momento é a forma mais "concreta" que conseguimos chegar. Nós dependemos da compreensão do outro ao nos ouvir e nem sempre isso acontece. É difícil acreditar e validar o que não se vê, por isso a empatia é tão imprescindível no âmbito da saúde mental.
Muitas dores são banalizadas e rotuladas como "frescura", "falta do que fazer" e "pra chamar atenção". Já pensou se alguém usar uma dessas frases pra se referir a uma pessoa com diabetes? Que as alterações no nível de glicose são apenas frescura e falta do que fazer?
Ficaria estranho, né?! E se invertessemos os discursos?
Essa comparação é bem interessante de se fazer porque ninguém jamais questionaria uma condição física. Então por que fazem isso com as condições psicológicas?
Maria Cecília Guarnieri
Psicóloga Clínica
CRP: 06/178857
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