Todos nós trazemos em nossas memórias todas as lembranças, até mesmo as adormecidas, acumuladas pelo tempo. Quando em terapia, o(a) paciente e o (a) terapeuta, gradativamente, vão as poucos encontrando o fio condutor que será a guia mestra da trajetória ainda não desvelada dos afetos positivos e negativos existentes, adquiridos ao longo do tempo pelo(a) paciente.
Achado o fio (muito delicado), inicia-se o processo que poderá apresentar surpresas agradáveis e/ou desagradáveis, Na primeira, o fio condutor é desenrolado com facilidade, na segunda o fio condutor apresenta nós que obstruem a fluidez e serão estes ¨nós¨ que deverão ser desfeitos (traumas, equívocos, dificuldades, etc), Chamamos de ¨nós¨ todos os sintomas e patologias existentes na psicologia e na psicanálise que são causadores dos trantornos como dor, medos, tristezas, dentre outros mais severos (neuroses, psicoses e perversão).
Em terapia podemos ver a roupagem tecida ao longo do tempo por um novelo cheio de ¨nós¨ e estes deixam suas imperfeições à mostra causando desconforto, como se fosse uma roupa feito fora da medida. Pensando desta maneira podemos considerar o cérebro como a roupagem desenvolvida ao longo do tempo e nele temos todas as trajetórias com fios desobistruidos e em outros momentos obstruídos e estão registrados na roupagem(o cérebro).
Assim, poderemos entender que em uma terapia o novelo é o cérebro, constituido por fios com trechos com e sem nós que serão desfeitos cautelosamente, reorganizando as tramas (memórias afetivas) causando maior conforto no cérebro (psiquismo). Não devemos esquecer que o terapeuta apenas observa e conduz o fenômeno mas será o(a) paciente tecelão o responsável pelos ajustes na roupagem que lhe darão mais conforto, força, credibilidade, confiança e outros benefícios para uma vida melhor.
Tem sido muito gratificante clinicar on line. A tecnologia a favor da saúde mental de maneira acessível e igualitária.
Alexandre