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Culpa: um olhar psicanalítico

16 de set. de 2025

Psicóloga Andreza Fonseca Lima -CRP 11/23449

Psicologia
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Na psicanálise, a culpa não é apenas um sentimento passageiro; ela é um sintoma da vida psíquica, um sinal de tensão entre nossos desejos e as normas internalizadas. Freud já nos alertava que a culpa nasce do conflito entre o id, que deseja sem limites, e o superego, que nos cobra moralidade, regras e autocontrole. É nesse embate que nos sentimos pressionados, punidos por nossos próprios pensamentos e impulsos.

 

Sentir culpa muitas vezes indica que algo em nós foi censurado — seja um desejo reprimido, um impulso não aceito ou uma emoção considerada “inapropriada”. Ela revela o quanto carregamos expectativas internas e externas, e como muitas vezes nos tornamos juízes de nós mesmos.

 

A culpa também está profundamente ligada às relações humanas. Podemos senti-la por atos reais, mas também por desejar ou frustrar alguém, refletindo nosso modo de nos relacionar com o outro e com o mundo. É um lembrete de que somos seres sociais, moldados pelo olhar do outro e pelas regras que internalizamos desde a infância.

 

O caminho psicanalítico não busca apenas eliminar a culpa, mas trazer à consciência sua origem. Ao nomeá-la, ao entender de onde vem, podemos diferenciar entre a culpa que nos protege e nos orienta e aquela que nos paralisa. Assim, a culpa deixa de ser um peso invisível e se transforma em uma oportunidade de autoconhecimento e crescimento interior.

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