A mulher millennial, hoje com seus 30 e poucos ou quase 40 anos, cresceu ouvindo que poderia ser tudo o que quisesse: independente, bem-sucedida, segura, dona de si. Foi criada para sonhar alto, estudar bastante e conquistar seu espaço. E ela fez tudo isso. Mas, ainda assim, algo parece faltar.

A pergunta “já era pra eu estar realizada?” ecoa em conversas de amigas, nos pensamentos silenciosos à noite, nas pausas do trabalho, nos domingos de ansiedade. Essa sensação de estar "atrasada" na vida, mesmo tendo feito tudo “certo”, é mais comum do que parece — e tem muito a ver com a tensão entre as expectativas externas e a realidade profissional que muitas mulheres vivem hoje.

O peso de tantas promessas

Durante a infância e adolescência das mulheres millennials, a sociedade passou a incentivar uma nova visão feminina: a mulher poderia ocupar o mercado de trabalho como os homens, ter sucesso, dinheiro, liberdade. E isso foi uma conquista. Mas essa promessa veio acompanhada de uma pressão invisível:ter que dar conta de tudo.

Formação, carreira sólida, independência financeira, vida afetiva estável, viagens incríveis, corpo em dia, tempo para hobbies, e ainda uma vida social ativa — tudo isso virou quase uma "checklist" da mulher bem-sucedida. Só que a realidade não é tão linear.

Muitas se veem em empregos que não trazem sentido, enfrentando um mercado competitivo, exaustivo, em que ser mulher ainda significa precisar provar mais. Outras se sentem estagnadas, vivendo uma cobrança interna de que deveriam ter feito mais, alcançado mais, brilhado mais. E, por trás desse sentimento, está uma frustração que não é só profissional — é emocional.

A angústia de não “chegar lá”

A angústia profissional da mulher millennial não está apenas em não se sentir reconhecida ou bem remunerada. Está, sobretudo, em não se sentir suficiente.

A comparação constante nas redes sociais, onde vidas e carreiras parecem perfeitas, só amplia essa sensação de fracasso silencioso. Cada post com alguém "alcançando tudo" se torna um lembrete cruel do queainda não foi conquistado. E o que era pra ser inspiração, vira dor.

Essa dor, muitas vezes, é vivida em silêncio. Afinal, como reclamar se você "tem emprego", “ganha bem”, “é inteligente”? Como verbalizar o vazio, a dúvida, a vontade de recomeçar — quando todo mundo parece estar correndo numa direção e você só quer parar e respirar?

A importância do autoconhecimento

A boa notícia é: esse mal-estar tem nome, tem causa e tem caminhos para ser acolhido. E um deles é o autoconhecimento — um processo que permite olhar para além das expectativas externas e escutar o que, de fato, faz sentido para você.

A terapia online surge como uma aliada potente nesse momento. Através dela, é possível refletir sobre sua trajetória, identificar o que é desejo seu e o que é imposição social, resgatar sua história e se reconectar com seus valores.

Mais do que “dar conta”, a terapia ajuda a ressignificar o que é sucesso, o que é realização, o que é felicidade — sob a sua perspectiva, não a do mundo.

Realização é um caminho, não um ponto final

Estar realizada não é um lugar fixo onde se chega. É um movimento contínuo de alinhamento entre quem você é, o que você acredita e o que você constrói. Às vezes, isso exige mudanças, pausas, reinvenções. Outras vezes, exige apenas escuta, aceitação e presença.

Se você sente essa angústia, não está sozinha. E não precisa carregar isso em silêncio. Cuidar da saúde mental é também um ato de realização — porque é quando você escolhe ser prioridade na sua própria vida.

✨ Se esse texto falou com você, saiba que a terapia online pode ser um espaço acolhedor para esse reencontro com você mesma. Vamos conversar? Agende seu primeiro atendimento comigo.

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