Mesmo sabendo quemachuca, você já se perguntoupor que continua insistindo em algo que já sabe que dói?Um padrão de relacionamento, uma forma de se alimentar, uma cobrança constante com o próprio corpo. E parece ser tão difícil sair disso.

Arepetição, embora dolorosa, também oferece uma espécie de “conhecido”, de“familiar”. E, às vezes, o conhecido, mesmo que machuque, parece mais suportável do que o novo, mesmo que o novo seja a possibilidade de se sentir melhor.

Freud já dizia querepetimosporque buscamos, inconscientemente,resolver algo mal vivido no passado. Como se, inconscientemente, acreditássemos que dessa vez vai ser diferente. Que dessa vez, vamos conseguir fazer dar certo. Mas o que acontece, muitas vezes, é osofrimentopermanecer e aculpavir logo em seguida, com a promessa de que amanhã tudo será diferente.

Nascompulsões alimentares, por exemplo, isso se mostra de forma intensa. Muita gente acha que é falta de força de vontade, mas não é.A comida vira um jeito de lidar com uma dor que ainda não conseguiu ser colocada em palavras. O ato de comer, nesses momentos, não é sobre nutrir o corpo, mas sobre acalmar a alma.

Por isso,olhar para esses ciclos de repetição com
acolhimento
é fundamental. Entender que há uma dor ali e que o comportamento não é o problema, mas sim uma resposta possível diante de um sofrimento ou trauma que ainda não pode ser elaborado.

A terapia não vem para te julgar, nem para te dizer o que fazer. Vem para te ajudar a escutar, de forma profunda, o que o incosciente está tentando dizer através do seu corpo e dos seus atos.

E se for difícil fazer isso sozinha, tudo bem.Você não precisa dar conta de tudo. Procurar por ajuda é o primeiro passo parainterromper um cicloque já se arrasta há tempo demais.

Se esse texto te tocou de alguma forma, talvez seja hora de cuidar um pouco mais de você.

Nayara Coelhobr>Psicóloga – CRP 09/17177br>Instagram:a href="https://www.instagram.com/nayaracoelhopsi">@nayaracoelhopsi/a>br>Meu perfil no Terappia: www.terappia.com.br/psi/nayara-coelho