
Vivemos em uma sociedade neoliberal, onde todo nosso tempo — pode — ser convertido em produtividade. Onde o ócio ou o descanso é visto com maus olhos, ou convertido em um “descanso produtivo”.br>Quando, em meio a essa produtividade sem fim, surge um sintoma que provoca a desestabilização dessa rotina produtiva, procura-se pela análise/psicoterapia como forma de cessar aquele sofrimento e devolver aquele sujeito às demandas do dia a dia, buscando por soluções mágicas e rápidas.br>Mas como se transforma toda uma dinâmica de vida — que, por vezes, ainda nem se compreende — com uma fórmula genérica?br>Caminhamos por outra via: a da escuta. Sem receitas prontas e com respeito à subjetividade, porque a análise não é um produto, mas sim um processo, que exige tempo, presença e implicação.





