
Quando pensamos em autoperdão, muitas vezes imaginamos um gesto simples, como se bastasse “deixar pra lá”, mas, na verdade, o autoperdão é um movimento profundo de encontro consigo mesmo. É reconhecer o que não deu certo neste ano sem transformar isso em motivo de punição, vergonha ou exigências impossíveis.
Apesar das pressões que vivemos, especialmente ao final do ano, é importante lembrar que ninguém cresce a partir da culpa. Crescemos quando conseguimos nos olhar com honestidade, respeito e humanidade.
Autoperdão é perceber que você fez o melhor que pôde com as condições internas e externas que tinha no momento. É reconhecer limites, validar emoções difíceis e compreender que elas não são sinal de fracasso, mas parte da sua experiência de ser humano.
Também significa abrir espaço para o novo, não porque precisamos “recomeçar perfeitos”, mas porque podemos seguir adiante mais leves, sem carregar pesos que já não nos servem.
Ao imaginar 2026, talvez o convite seja esse. Em vez de idealizar metas grandiosas, permitir-se construir o próximo ano a partir de pequenos passos, possíveis e amorosos consigo mesmo.
O autoperdão não apaga o passado, mas transforma a forma como você caminha para o futuro. E caminhar com gentileza é sempre mais sustentável do que caminhar com cobrança.





