
Reconhecer que algo nos excede, não é um caminho fácil.br>Tem quem estabelece um limite e logo cede, quem se silencie para manter o vínculo e quem aguente o que não deveria, só para não ser abandonado novamente.br>br>Essa dificuldade de sustentar um limite não é fraqueza, fala sobre sua história.br>br>Diz sobre um afeto atrelado a serventia, onde dizer “não” era heresia e colocar-se em primeiro lugar era egoísmo.br>br>Quando o sujeito não pôde contar com um outro capaz de escutar suas necessidades, essa capacidade de respeitar-se também não é desenvolvida. E quando atravessa-se essa linha em que o outro acredita ser impossível de que atravesse, por estar a mercê de seus interesses, os desconfortos aparecem.br>br>A análise abre espaço para reencontrar essa escuta de si, para aos poucos não mais ceder e sustentar o que dói, sem se abandonar.





