A resistência, como descreve Freud, é um forte mecanismo psicológico que tende a nos manter em “zona de conforto”, mesmo que isso envolva sofrimento.
Embora essa zona possa ser dolorosa, ela é familiar e o inconsciente, muitas vezes, prefere o “conhecido”, mesmo que seja fonte de angústia. (Freud, 1904)
Esse comportamento é uma forma de defesa egóica contra a dor emocional que o conteúdo reprimido no inconsciente pode vir a causar, a depender do trauma, emoções, desejos ou experiências que o indivíduo não está preparado para enfrentar.
Freud acreditava que a resistência não era algo a ser combatido, mas sim, compreendido e trabalhado.
O processo analítico visa justamente ajudar o paciente a entender e enfrentar esses conteúdos inconscientes, sair da “zona de conforto” e trazer à tona o oculto, viabilizando superar os padrões repetitivos de sofrimento e alcançar melhor compreensão de si mesmo e se abrir para novas formas de lidar com os desafios emocionais.
Heiby Schiavinato
Psicóloga Clínica
CRP 06.215065
