
Cuidar de si é escutar o corpo antes que ele precise adoecer. Mas a gente vive justamente o contrário, né?
Ignora o cansaço, normaliza a insônia, ri da dor de cabeça diária, toma café pra engolir o sono e segue a vida, até que o corpo grite.
As somatizações são esses gritos silenciosos do corpo.
É quando ele começa a traduzir, em sintomas físicos, o que a gente não deu conta de expressar.
Uma dor que vem e vai.
Uma tensão muscular constante.
Uma gastrite que não melhora.
Uma fadiga que não passa, mesmo dormindo.
Nada disso é “frescura” ou “coisa da cabeça”.
É o corpo tentando participar da conversa e, muitas vezes, sendo o único que ainda fala.
A Gestalt-terapia entende o ser humano de forma inteira: corpo, mente, emoção e contexto.
Quando há algo mal digerido na alma (uma perda, uma sobrecarga, uma relação que nos adoece) o corpo sente junto.
Ele registra o que a consciência tenta negar.
- Por isso, o convite é simples, mas profundo:
Antes de buscar silenciar o sintoma, escute o que ele está tentando dizer.
Às vezes, a dor no peito é o choro que não saiu.
A enxaqueca é o excesso de controle.
O aperto no estômago é a raiva engolida.
A terapia é esse espaço de tradução: um lugar pra entender o idioma do corpo e acolher o que ele revela com presença, sem julgamento. Cuidar de si não é só se medicar quando dói, é aprender a ouvir os primeiros sussurros antes que virem gritos.
Se você sente que o corpo anda pedindo socorro e quer compreender o que há por trás desses sinais, a terapia pode ser o começo de uma nova escuta.
Natália Jordão - CRP 03/11240
Psicóloga e Gestalt-terapeuta
Psicoterapia online especializada em Mulheres





