
Tem coisas que a gente só entende quando perde.
Não porque antes não sabíamos… mas porque só quando a ausência chega é que a presença ganha outro significado.
A morte tem esse poder estranho, ela paralisa e desperta ao mesmo tempo. Faz a gente perceber que tudo o que achava garantido é, na verdade, um sopro. Que a vida não é uma promessa, é um instante. E que a gente desperdiça muitos desses instantes acreditando que ainda vai dar tempo.
Quando alguém se vai, o mundo muda de lugar. O que antes parecia importante perde o sentido, e o que era pequeno passa a ter um valor imenso. É nesse silêncio, no vazio que fica, que a gente começa a olhar diferente para nós, para os outros, para o que realmente importa.
Eu vejo isso nos meus atendimentos, mas também na vida.
A morte escancara o que fingimos não ver: que não temos controle sobre quase nada, e que mesmo assim insistimos em viver como se tivéssemos.
Ela nos obriga a encarar o fato de que estamos aqui só por um tempo e talvez seja por isso que a vida se torna mais bonita quando a gente aceita que ela acaba.
Se você está vivendo um luto, está tudo bem não saber o que fazer com essa dor.
Ela muda de forma com o tempo, mas nunca desaparece completamente só aprende a morar dentro da gente.
“A morte não vem só para levar, às vezes, vem para ensinar a viver.”
E se você sente que esse recomeço tem sido pesado demais para carregar sozinha, talvez a psicoterapia possa te ajudar a dar novos significados a essa ausência e a redescobrir o valor dos instantes que ainda estão aqui.





