
É comum que muitas pessoas, em algum momento da vida, percebam uma diminuição do desejo sexual. Quando isso acontece, o primeiro pensamento costuma ser: "O que está errado comigo?" ou "Será que não amo mais meu parceiro(a)?". Porém, a queda da libido vai muito além de uma explicação simples.
O desejo sexual não surge de forma automática. Ele é influenciado por fatores emocionais, psicológicos, relacionais e até pelas crenças que aprendemos ao longo da vida.
O que é libido?
A libido pode ser compreendida como a energia do desejo, que envolve não apenas o impulso físico, mas também o interesse, a motivação e o envolvimento emocional com a sexualidade. Diferente do que muitos pensam, ela não é constante e pode oscilar de acordo com o momento de vida, o contexto e o estado emocional.
Por que o desejo diminui?
Diversos fatores podem contribuir para a queda da libido, entre eles:
- Estresse e sobrecarga emocional
- Ansiedade e pensamentos acelerados
- Cansaço físico e mental
- Conflitos na relação
- Baixa autoestima
- Traumas ou experiências negativas
- Crenças rígidas sobre sexo e prazer
Pela ótica da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), compreendemos que pensamentos automáticos como "Não sou atraente", "Vou falhar" ou "Sexo é obrigação" geram emoções como medo, vergonha e insegurança, impactando diretamente o desejo.
Já na Terapia Cognitiva Sexual (TCS), entendemos que a sexualidade é atravessada pela história de vida, pelos significados atribuídos ao corpo e pelo modo como cada pessoa aprendeu a se relacionar com o prazer.
Quando o sexo vira pressão
Quando o desejo se torna uma cobrança — interna ou externa — o corpo responde com bloqueio. A relação sexual passa a ser vivida como dever, e não como escolha. Isso gera um ciclo de ansiedade, frustração e afastamento emocional.
A ausência de desejo, muitas vezes, é um sinal de que algo precisa ser cuidado: a relação consigo, com o parceiro(a) ou com a própria história.
Como a terapia pode ajudar
Em terapia, é possível:
- Investigar as causas emocionais da queda da libido
- Identificar crenças disfuncionais sobre sexualidade
- Trabalhar a autoestima e o vínculo afetivo
- Desenvolver uma relação mais saudável com o corpo
- Resgatar o prazer de forma consciente e respeitosa
O objetivo não é forçar o desejo, mas compreendê-lo, respeitando o ritmo e a singularidade de cada pessoa.
Para refletir
Desejo não é uma obrigação. Ele nasce do encontro entre segurança, conexão, liberdade e presença.
Se o desejo tem diminuído, talvez não seja falta de amor — mas um convite para olhar para si com mais cuidado.
💬 Se você se identificou com este tema, saiba que a terapia pode ser um espaço seguro para compreender sua sexualidade e construir uma relação mais leve com o prazer.





