Você sabe o que cada um desses termos significa?
E por que falar sobre eles é importante?
A anorexia nervosa e a bulimia são transtornos alimentares relacionados a sintomas tais como: grave restrição na alimentação que leva à perda de peso acentuada, ao medo intenso de engordar e à percepção de que está sempre acima do peso – mesmo quando o seu peso real esteja muito abaixo do ideal. De acordo com Whitbourne, S.K. (2015) anorexia nervosa é um “transtorno alimentar caracterizado pela incapacidade de manter o peso normal, o medo intenso de ganhar peso e a percepção corporal distorcida”.
Já, no transtorno alimentar bulimia nervosa, a pessoa apresenta uma compulsão alimentar ao ingerir grandes quantidades de alimentos em um curto espaço de tempo, e para não ganhar peso, adota métodos inadequados como: o abuso de laxantes, diuréticos, vômitos, jejum e exercícios físicos em excesso. Ou seja, conforme a autora já citada, a bulimia é um “transtorno alimentar que envolve a alternância entre comer grandes quantidades de alimento em um curto período de tempo para, em seguida, compensar as calorias adicionais por meio de vômitos ou outras ações externas para evitar o ganho de peso”.
O que esses transtornos alimentares têm a nos dizer?
Do ponto de vista da saúde física, a pessoa com anorexia pode desenvolver um quadro grave de saúde em função da perda de nutrientes que o corpo necessita para funcionar adequadamente. Ainda segundo os autores, os ossos, músculos, cabelos e unhas tornam-se fracos e quebradiços; podem desenvolver hipotensão arterial, respiração e pulso lentos; além de se mostrarem letárgicas, lentas e cansadas. Isso sem contar que o sistema gastrointestinal pode não funcionar adequadamente. Algumas pessoas podem se tornar estéreis e o coração e o cérebro sofrerem danos. E, na pior das hipóteses, podem sofrer consequências fatais.
No caso da bulimia, a indução de vômitos frequentes pode induzir ao desgaste nos dentes – por causa ácido presente no alimento depois que ele sai do estômago – assim como, à desidratação. Outras consequências incluem a destruição do músculo cardíaco, entre outros danos.
Do ponto de vista emocional, estar atento aos sinais que o corpo emite e ao comportamento apresentado pela pessoa, é importante para entender o porquê de o indivíduo olhar para si e enxergar a sua imagem corporal de forma distorcida. Além disso, ajudá-lo a repensar o seu comportamento e pensamentos disfuncionais relacionados à alimentação e ao peso, podem auxiliá-lo quanto à compreensão do que está acontecendo com ele.
A conscientização e o acesso ao tratamento adequado têm como objetivo reduzir o impacto dos transtornos alimentares em sua saúde física e emocional de forma a auxiliá-lo a alcançar o bem-estar e o equilíbrio emocional. Poder contar, o mais precocemente, com o acompanhamento médico, suporte social, emocional, nutricional, familiar e psicoterapêutico poderá levá-lo a alcançar um resultado mais completo em sua recuperação.
Há que se lembrar aqui, que este texto tem caráter educativo. A falta de conhecimento precoce pode resultar em complicações graves e, até mesmo, fatais. Por isso, um diagnóstico preciso e adequado deve ser feito por um profissional da saúde. Assim sendo, sempre consulte um clínico para que ele possa fazer os encaminhamentos adequados para o tratamento a ser realizado.
Referência:
WHITBOURNE, Susan Krauss. Psicopatologia: Perspectivas clínicas dos transtornos psicológicos. 7ªed. Porto Alegre, AMGH, 2015.
Ustane Moreira
Psicóloga: CRP 04/14.823
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