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Controlar e lidar bem com as emoções também é ser inteligente?

Atualizado: 6 de set. de 2022

A palavra “inteligência” origina-se da junção das palavras “inter” = entre e “eligere” = escolher. Pode ser definida como a capacidade cerebral que permite a compreensão do contexto.


Explicando superficialmente cada uma delas, podemos dizer que a inteligência verbal ou linguística é a capacidade para convencer e transmitir ideias através da fala, além de compreender a sintaxe e semântica das palavras. Já a inteligência Lógica ou Matemática é aquela capacidade de racionar bem, utilizar os números e realizar deduções lógicas e outras abstrações.


Em se tratando da Inteligência Espacial, esta se refere a capacidade de perceber de maneira exata o ambiente, o mundo visual e/ou espacial e a relação deles com os objetos. Por exemplo: é uma habilidade utilizada pelos arquitetos para definir o tamanho dos móveis para um ambiente, além daquela capacidade de estacionar veículos.


A Inteligência Cinestésica ou corporal é referente aos sentidos e também aquela utilizada pelos atletas. Existe também a Inteligência Musical, que trata das habilidades para compor músicas, ler partituras, tocar instrumentos musicais, perceber tons, entonação e timbres musicais.


A capacidade de relacionar-se, trabalhar em equipe, ser empático (colocar-se no lugar do outro), reagir diante das motivações, humores e dificuldades humanas caracteriza-se como Inteligência Interpessoal. Atualmente essa capacidade é muito mais valorizada pelo mercado de trabalho do que a própria experiência profissional.


Existe também a Inteligência Intrapessoal quando se pensa em autoconhecimento, identificação de suas próprias emoções e sentimentos para tomar decisões adequadas a cada situação.


E por fim, o que podemos dizer da Inteligência Emocional? É um tipo de inteligência que envolve as habilidades de perceber, entender, influenciar as emoções e aqui inclui-se também as inteligências intrapessoal e interpessoal.


Em outras palavras, a Inteligência Emocional pode ser vista como a capacidade de se autoconhecer e lidar bem consigo mesmo e com os outros nas diversas situações e relações (familiar, social, profissional, entre outras). O ideal é que este tipo de Inteligência seja desenvolvida na infância, no contexto familiar, entretanto, é possível aperfeiçoá-la durante toda a vida através das seguintes formas: identificando as suas principais "falhas" emocionais, aprendendo a ser um melhor ouvinte, controlando as suas emoções através de treinos e muita persistência.


Temos a percepção de que a inteligência é única, e que somente é aquela identificada através do Teste de Q.I. (quoeficiente de inteligência), e que somente as pessoas com altos escores nesse teste, são as que realmente possuem uma inteligência. No entanto, temos que entender que o Q.I e a Inteligência Emocional são capacidades distintas, mas não são opostas. O importante é saber articulá-las entre si, usando as emoções para facilitar a razão e através da razão, gerir as emoções. As duas tem que andar juntas.


Para finalizar, é importante destacar que segundo Daniel Goleman, psicólogo e professor americano, criador do conceito de Inteligência Emocional, o equilíbrio das emoções é importante porque as emoções perturbadoras e os relacionamentos nocivos já foram identificados como fatores de risco para doenças. Aqueles que conseguem gerenciar suas vidas emocionais com mais serenidade e autoconsciência parecem ter uma vantagem clara e considerável na saúde, além de uma vida mais satisfatória. Realmente não pode-se dizer que uma inteligência é "melhor" ou "mais importante" que a outra, pois, todas se complementam e se articulam entre si.


Cada indivíduo tem a sua subjetividade, suas potencialidades e desenvolvem-nas ao longo de suas vidas, de acordo com a demanda e os desafios encontrados.


Luciana Marolla Garcia

Psicóloga CRP: 06/70229

Contato: (14) 99679-5510

Link do perfil: Luciana-Marolla-Garcia



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