
Do ponto de vista psicológico, o esgotamento muitas vezes é visto como o resultado de um desequilíbrio entre as demandas do ambiente e os recursos pessoais para lidar com essas demandas. A Teoria do Estresse e Coping, proposta por Richard Lazarus e Susan Folkman, sugere que o estresse surge quando uma pessoa percebe que as demandas do ambiente (sejam elas físicas, emocionais ou cognitivas) excedem seus recursos de enfrentamento.
Quando alguém está constantemente exposto a estressores e não consegue lidar efetivamente com essas demandas, pode ocorrer o esgotamento. Fatores como sobrecarga de trabalho, falta de apoio social, pressão constante, falta de controle sobre as circunstâncias e conflitos entre vida pessoal e profissional podem contribuir para esse quadro.
Do ponto de vista psicológico, o esgotamento profissional é frequentemente caracterizado por três componentes principais:
Exaustão emocional: Sentimento de esgotamento físico e emocional, levando a uma redução na capacidade de lidar com as demandas do trabalho e da vida cotidiana.
Despersonalização: Atitude negativa e cínica em relação ao trabalho, aos colegas e até mesmo aos clientes ou pacientes. A pessoa pode começar a se distanciar emocionalmente das pessoas com quem interage no ambiente de trabalho.
Diminuição da realização pessoal: Sentimento de ineficácia e falta de realização no trabalho, levando a uma perda de motivação e satisfação.
A abordagem psicológica para lidar com o esgotamento muitas vezes envolve o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento saudáveis, como a busca por apoio social, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e assertividade, a reestruturação de pensamentos disfuncionais, o estabelecimento de limites saudáveis e a prática regular de técnicas de relaxamento e autocuidado.
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