Uma autocrítica excessiva pode parecer uma forma de autoaperfeiçoamento, mas, na verdade, ela mina sua autoestima, gera ansiedade e impede seu crescimento. Então, como mudar esse ciclo?

Você já viu como fala consigo mesmo? Se prestasse atenção nos seus pensamentos, notaria palavras de incentivo ou autossabotagem? Muitas vezes, somos nossos próprios piores inimigos, nos cobrando fracos e nos tratando com uma dureza que jamais usaríamos com outra pessoa.

Somos críticos conosco mesmos por diversas razões, muitas das quais nem percebemos. Uma das principais é a expectativa irreal de perfeição. Se você sente que precisa ser impecável para ser aceito ou reconhecido, qualquer erro pode parecer uma falha grave, gerando frustração e autossabotagem. Além disso, a comparação constante com os outros agrava essa autocrítica. No mundo hiperconectado das redes sociais, é fácil cair na ilusão de que todos ao seu redor têm tudo sob controle, enquanto você se sente perdido. Esse ciclo faz com que qualquer imperfeição pareça um sinal de que você não está à altura.

Outro fator determinante são as experiências passadas. Se você cresceu em um ambiente onde as críticas eram frequentes, é provável que você tenha internalizado essa voz e hoje a repita para si mesmo, mesmo sem perceber. Por fim, o medo do fracasso também pode intensificar a autocrítica. Para algumas pessoas, é difícil saber mesmo antes que outros o façam parecer uma forma de proteção, mas, na realidade, isso apenas alimenta a insegurança e impede o crescimento. Identificar essas origens pode ser o primeiro passo para construir uma relação mais gentil consigo mesmo.

Como quebrar esse ciclo?

1. Questione sua autocrítica – Sempre que um pensamento negativo surja, pergunte-se: "Eu diria isso para um amigo?". Se a resposta for não, tente reformular com mais gentileza.

2. Aceite sua humanidade – Errar não significa fracasso, mas crescimento. Ninguém acerta o tempo todo, e tudo bem.

3. Valorizar o que já conquistou – Em vez de focar apenas no que falta, reconheça suas evoluções e pequenas vitórias.

4. Pratique a autocompaixão – Trate-se com a mesma empatia que teria com alguém querido. Você merece seu próprio apoio.

5. Busque ajuda se precisar – A terapia pode ajudar a desconstruir padrões autodestrutivos e construir uma relação mais saudável consigo mesmo.

Thayná Leticia Ribeiro | Psicóloga Clínica - CRP: 08/41366

Instagram: https://www.instagram.com/psi.thaynaribeiro/

Terappia: https://www.terappia.com.br/psi/thayn%C3%A1-leticia-ribeiro