
A busca incansável pela melhor versão tornou-se uma necessidade moderna, sustentada por promessas de fórmulas prontas para a felicidade e o sucesso emocional. Mas e se o sofrimento estiver diretamente atrelado a essa exigência constante de um autocuidado performático?
O que seria isso que é vendido como sua melhor versão?br>A que se compara para afirmar que existe uma melhor versão?
Compreende-se que o sujeito é um ser individual, constituído pelo que se escutou ao longo de sua história de vida singular, composto por contradições, faltas, sucessos e fracassos. O ideal de uma - possível - "melhor versão" é cruel quando alimenta a ilusão de que precisamos nos "consertar" o tempo todo para caber - como se houvesse algo de perfeito a se alcançar.
E quando (supostamente) se chega lá… se para de desejar?