
Você acorda, já pega o celular, checa mensagens, organiza mentalmente as tarefas do dia. Mal escova os dentes e já sente que está atrasado. A lista cresce, você corre. Faz, entrega, ajuda, resolve. E, ainda assim, sente que não fez o suficiente.
Pode parecer disciplina. Pode parecer foco. Pode até ser elogiado por quem vê de fora: “Você é tão produtivo!”. Mas, por dentro… há inquietação, taquicardia, pensamentos acelerados, um medo constante de parar.
A verdade é que, muitas vezes,a produtividade excessiva é apenas um disfarce da ansiedade. Um jeito sutil de manter a mente ocupada para não ouvir o que o corpo grita. Fugir do silêncio. Fugir do incômodo de estar consigo mesmo.
Fazer demais pode ser uma forma de não sentir.
Porque, no fundo, o que mais assusta não é o tempo livre, mas o que aparece quando ele chega: a solidão, a dúvida, a frustração, as perguntas sem resposta.
Não há nada de errado em ser produtivo. Mas se o seu descanso gera culpa, se você só se sente válido quando está fazendo algo... talvez não seja sobre metas. Talvez seja sobre medo.
Você não precisa se provar o tempo todo.br>Você não precisa correr para merecer existir.
Respirar também é um verbo. E viver não é uma corrida, é um caminho.
Já se sentiu assim?
Procure ajuda, faça terapia.





