A coragem pede passagem!
- Raquel B. Bertoletti
- 25 de mar.
- 2 min de leitura

Realmente precisa de coragem para iniciar e ficar num processo de terapia.
Tenho visto um aumento de homens em atendimentos. Confesso que me animo.
Homens que, socialmente não foram incentivados a nomear suas emoções porque tinham que engolir o choro!
Ouvi-los falar que precisam de ajuda, que querem se aperfeiçoar em determinados papéis me dá uma grande esperança.
Difícil ouvir dos homens sobre o desejo de ter tido um pai e que não aprenderam como se portar, como pai, por não terem essa referência.
Difícil ouvir um testemunho de não saber o que fazer para melhorar seus comportamentos com sua esposa, não gritar com seus filhos.
A dificuldade de muitos homens em nomear e expressar emoções está ligada a fatores culturais, sociais e psicológicos com consequências catastróficas como:
dificuldade nos relacionamentos afetivos,
aumento do estresse e risco de transtornos como ansiedade e depressão,
aumento de agressividade e diminuição do controle emocional,
sensação de isolamento,
sensação de não pertencimento.
A psicoterapia ajuda a desenvolver a consciência emocional, amplia o vocabulário afetivo, ajuda a praticar a autorreflexão e a reflexão em relação a educação emocional, bem como, criar espaços para que os homens possam expressar sentimentos sem julgamento.
Eu festejo quando as pessoas vêm para o atendimento com esperança, com vontade de saber mais, aprender mais, de se tornar um homem melhor.
Quando um homem corajoso se dispõe a falar 50 minutos sobre o que não está dando certo e aprende sobre suas emoções e estratégias para lidar com elas ele se torna, consequentemente, um melhor filho, marido, pai, irmão…
Que sejam felizes em suas buscas!
Raquel Bandeira Bertoletti
Psicologia Clínica
CRP 15/7513
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