Ansiedade
Aspectos cognitivos e fisiológicos na vida de quem sente
Todas as pessoas em algum momento sentem ansiedade, não é um estado normal, mas é uma reação normal. É um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e possibilita a pessoa a tomar medidas para enfrentar ameaças e até mesmo disponibilizar recursos a fim de impedi-las (Kaplan et al., 1995). Desta maneira, seria uma resposta normal, adaptativa e positiva (Holmes, 1997). A ansiedade natural é necessária para a sobrevivência e sem essa não lutaríamos para conquistar melhorias, não procuraríamos superar obstáculos, não fugiríamos em situações perigosas (Barbirato e Dias, 2009).
A ansiedade é acompanhada de experiência subjetiva de medo ou outra emoção relacionada, como terror, horror, alarme e pânico. É desagradável, comparada a uma sensação de um perigo iminente, de colapso ou de morte. Direcionada ao futuro, de um modo geral não há um risco real, mas se houver, a emoção é desproporcionalmente intensa. As crianças, especialmente as mais novas, podem ter dificuldade em reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais.
Na ansiedade patológica, a característica adaptativa de alertar um perigo está excessiva, inapropriada e leva a um sofrimento intenso, podendo ser o sintoma inicial de um quadro psicopatológico. Essas reações exageradas frequentemente se desenvolvem quando há uma predisposição neurobiológica herdada.
A ansiedade considerada “patológica” relaciona-se à angústia antecipada e um comportamento de esquiva. É um sentimento incômodo, uma preocupação com o fato de que algo inesperado pode, a qualquer momento, acontecer. Necessariamente implica prejuízos no dia a dia de quem sofre.
Os Transtornos de Ansiedade (TA) são um dos quadros psiquiátricos mais comuns na infância. Estima-se que até 10% das crianças e adolescentes sofrem de algum transtorno ansioso. Frequentemente está associada a efeitos adversos sobre o desempenho nas tarefas cognitivas. Quando excessiva, interfere negativamente no desempenho acadêmico.
Em situações de teste, indivíduos ansiosos sofrem com preocupações irrelevantes e inquietações sobre aspectos autoavaliativos. Tais ideias ocupam parcialmente sua capacidade de memória de trabalho, reduzindo sua capacidade de evocar as informações.
As áreas cerebrais consideradas relacionadas à ansiedade são: a amígdala e o córtex pré-frontal. A amígdala parece estar relacionada à memória e o córtex pré-frontal às funções executivas.
Estudos neuropsicológicos sugerem que os indivíduos com Transtorno de Ansiedade na Infância e na Adolescência (TAIA) apresentam um desempenho prejudicado em diversas funções cognitivas: atenção, memória e funções executivas.
Em relação à memória, questiona-se se a dificuldade encontrada em crianças com TAIA estaria relacionada a uma disfunção primária da memória ou secundária à atenção.
Os sintomas são em geral descritos como um sentimento de apreensão desagradável e vago, acompanhado de sensações físicas como: frio no estômago, aperto no peito, transpiração e falta de ar, dentre várias outras. Essas manifestações corporais involuntárias podem ser manifestadas como secura da boca, sudorese, arrepios, tremores, vômitos, palpitações, dores abdominais e outras, além do aumento da frequência urinária.
Se esses sintomas são conhecidos por você e fazem parte da sua vida, agende uma consulta com Psicólogo!
(Rodrigues, Camila Luisi. Aspectos neuropsicológicos dos transtornos de ansiedade na infância e adolescência : um estudo comparativo entre as fases pré e pós-tratamento medicamentoso / Camila Luisi Rodrigues. -- São Paulo, 2011.)
Dayanne Silva
Psicóloga - CRP 05/56614
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