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A exaustão de cuidar demais: quando a solidariedade se torna um peso

Ser uma pessoa solidária e disponível para ajudar os outros é algo muito valorizado, mas até que ponto isso é saudável? Muitas vezes, nos...

14 de fev. de 2025

Laura Andrade

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Ser uma pessoa solidária e disponível para ajudar os outros é algo muito valorizado, mas até que ponto isso é saudável? Muitas vezes, nos pegamos assumindo responsabilidades emocionais que vão além do que conseguimos suportar. O resultado? Cansaço extremo, irritabilidade e até mesmo um afastamento emocional involuntário. Esse desgaste tem nome: fadiga da compaixão.

Muito se fala sobre isso entre profissionais da saúde, mas qualquer pessoa que se doa excessivamente pode sentir esse esgotamento. Seja aquela amiga que sempre escuta todo mundo, a mãe que se coloca por último em tudo ou o profissional que carrega o peso emocional do ambiente de trabalho, ninguém está imune quando não há equilíbrio.

Como saber se você está esgotado emocionalmente?

Se você sente que sua paciência está cada vez menor, que sua energia se esgota mesmo sem ter feito nada físico ou que não consegue mais se conectar genuinamente com os outros, pode ser um sinal de alerta. Alguns indícios comuns incluem:

  • Sensação constante de sobrecarga, como se nunca fosse suficiente.

  • Dificuldade em relaxar ou tirar um tempo para si sem sentir culpa.

  • Irritabilidade e impaciência, mesmo com coisas pequenas.

  • Distanciamento emocional – estar presente fisicamente, mas não conseguir sentir conexão real.

  • Problemas de saúde, como tensão muscular, insônia e ansiedade.


Como equilibrar o cuidado com os outros sem se anular?

  1. Entenda que dizer "não" não é ser egoísta – é um limite necessário para manter sua saúde mental.

  2. Aprenda a se desconectar emocionalmente de forma saudável – ajudar não significa carregar o peso do problema do outro.

  3. Reserve tempo para si – fazer algo que te dá prazer sem sentir culpa faz parte do processo.

  4. Busque apoio também – quem sempre escuta os outros muitas vezes esquece que também precisa ser ouvido.


A empatia é um presente, mas precisa vir acompanhada de limites saudáveis. Afinal, quem se esgota tentando cuidar dos outros acaba sem energia para si mesmo. E cuidar de si é, sim, uma prioridade.

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