Sangrar é parte da existência feminina.
Todo mês, milhões de mulheres passam pelo ciclo menstrual, algo natural, mas que ainda é escondido, silenciado e até visto como vergonhoso.

Crescemos ouvindo que não devemos falar sobre isso, que é algo feio, que precisa ser disfarçado.
E, assim, aprendemos a nos calar sobre uma das experiências mais potentes do corpo feminino.

O sangue para além da biologia

O sangue da mulher não é apenas biológico. Ele também é simbólico: representa a vida, os ciclos, a transformação.

E, assim como a menstruação é silenciada, tantas outras dores que atravessam a vida das mulheres também são abafadas: a violência, a desigualdade, as pressões culturais que nos cercam.

As dores escondidas

Quantas vezes as dores das mulheres foram escondidas?
As marcas da violência doméstica.
As feridas emocionais abafadas.
Os sofrimentos calados.

Se o sangue menstrual é tratado como algo vergonhoso, o mesmo acontece com muitas das nossas dores: tentam nos convencer de que é melhor esconder, silenciar, suportar.

O corpo como lugar de escuta

No meio de tudo isso, fica a nossa relação com o próprio corpo.
Muitas mulheres não foram ensinadas a lidar com seu ciclo, a perceber os sinais, a respeitar seus ritmos.

E isso não é apenas físico, afeta nossa autoestima, nosso emocional e até a forma como existimos no mundo.

Um convite ao olhar

Se você sente que carrega vergonha, medo ou dor ao olhar para seu próprio ciclo ou para as violências que atravessam sua história, está tudo bem.
Não há nada de errado em sentir assim.

Mas também existe um convite: olhar para o sangue como símbolo de força e não de silêncio.

Para encerrar

A mulher sangra.
E nesse sangrar há vida, dor e resistência.

Se esse texto te tocou, talvez seja o momento de dar um passo para si mesma:
a psicoterapia pode ser um espaço seguro para ressignificar sua relação com o corpo, com a dor e com a força que habita em você.

🌿 Porque não é apenas sobre suportar em silêncio, mas sobre aprender a existir em voz alta.

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