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Abandono

que a gente pratica consigo mesmo

14 de nov. de 2025

Gustavo Gonçalves Oliveira

Tomada de decisão
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Tem gente que some da vida da gente… mas, às vezes, o pior sumiço é o nosso próprio.

Porque existe um tipo de abandono que não envolve malas na porta, mensagem visualizada ou alguém indo embora.


É aquele em que você continua ali — respirando, entregando trabalho, respondendo mensagem — mas não está de verdade.

 

É o abandono silencioso:
quando você se deixa por último, quando passa por cima do que sente, quando implora pro corpo aguentar só mais um pouquinho, quando faz vista grossa pro seu limite e finge que está tudo bem.

 

É quando você se exige como se fosse uma máquina, mas se cuida como se fosse descartável.

E o mais cruel?


Esse tipo de abandono não acontece de uma vez.


Ele vem em migalhas:
um “depois eu descanso”,
um “não é tão importante assim”,
um “deixa pra lá, tem gente pior”.

 

Até que você percebe que virou especialista em atender o mundo e analfabeto em atender a si mesmo.

 

Reconhecer esse abandono é um ato imenso de coragem.
Porque cuidar de si não é mimo.


É manutenção.
É sobrevivência.
É resistência afetiva.

 

Talvez você não consiga mudar tudo hoje, mas pode começar com um gesto mínimo — um cuidado, um limite, uma pausa.


É assim que a gente volta pra casa:
não de uma vez, mas passo a passo.

 

Você merece a própria presença.


E merece agora, não só quando “der tempo”.

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