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Amor não é encontro, é desencontro. Mas também não é prisão — não deve haver destruição de si ou do outro

28 de nov. de 2025

Milena Duarte Gonçalves

Tomada de decisão
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Amor não é encontro, é desencontro. Mas também não é prisão, não se destroem entre si.

 

Para Lacan, o amor sempre carrega uma falta. Desejamos no outro algo que nunca será encontrado por completo, porque ninguém corresponde exatamente ao que imaginamos.

 

O “encontro perfeito” é impossível — o amor nasce justamente desse desencontro. É quando vemos a falta no outro e, mesmo assim, escolhemos ficar.

 

Se o amor se transformasse em prisão, deixaria de ser amor e se tornaria domínio, poder, gozo do outro como objeto.

 

No amor, é preciso preservar a alteridade do outro: amar é, em certo sentido, sustentar a diferença, sem tentar transformá-lo em parte de nós.

 

O amor não é fusão (que sufoca), nem prisão (que anula), mas uma forma de viver com a falta e de lidar com a impossibilidade da completude.

 

 

Milena Duarte 🪴

CRP-04/65936

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