top of page

Ciúmes: Ajuda ou atrapalha?

Acredito que grande parte dos feminicídios que ocorrem não foram causados por surtos psicóticos, mas foram casos de relacionamentos...

14 de fev. de 2022

Luciana Marolla

Terappia Logo

Acredito que grande parte dos feminicídios que ocorrem não foram causados por surtos psicóticos, mas foram casos de relacionamentos abusivos, envolvendo situações de controle sobre a outra pessoa.

Dados de Ministério Público de 2018 revelaram que 45% dos crimes de feminicídio em São Paulo foram motivados por separação ou pedido de separação, 30% por ciúmes ou sentimento de posse e 17% durante discussão.

O ciumento gosta de criar vigilância sobre seu objeto de amor (que nem sempre é correspondido) e, além da vigilância, gosta de se manter no controle da relação e no comando da vida do outro. Quando algo sai ou foge de seu controle, fica desesperado, sem saber como agir e pode tomar medidas drásticas para tentar retomar o poder.

Quando o indivíduo percebe que ações cotidianas não estão contribuindo para manter-se como controlador ou manipulador, podem surgir atos de agressão. Muitas vezes, quando a situação chega nesse ponto é porque a agressão verbal já existiu e não foi suficiente, o que faz com que ele use a agressão física, pois o que importa é mostrar que está no poder.


É claro que o ciúme é um estado emocional do ser humano, com reações complexas, provocado pelo gosto da exclusividade e necessidade de controle. Contudo, em relações amorosas (ou até mesmo de amizades), é comum que um dos parceiros manifeste ciúme do outro quando percebe alguma ocasião onde o cônjuge esteja dando uma atenção maior à outras pessoas ou situações (trabalho ou compromissos sociais, por exemplo) do que a ele. Cabe lembrar que muitas vezes o ciúme, em um relacionamento, é confundido com amor, cuidado ou proteção, mas geralmente denota egoísmo.


Como a terapia pode ajudar

ree

A terapia pode ajudar sim! De que forma? Contribuindo para lidar melhor com este sentimento ou aniquilá-lo de vez! Através da terapia a pessoa pode:

  1. Se amar mais (quem não se ama, se "autoabandona") e não buscar no outro uma felicidade e completude que ele não pode dar. Além de que, quem não se ama, não se valoriza;

  2. Dialogar mais, sem fazer cobranças excessivas. A cobrança é gerada por desconfiança. A desconfiança pode ser gerada por delírios paranoicos. Não somente por este motivo, mas também pelo fato de que pessoas desconfiadas não confiam em si mesmas;

  3. Aprender a ouvir, não somente ouvir, mas compreender, e se colocar no lugar do outro são passos fundamentais para entender o ciumento ou o objeto do ciúmes (sujeito).

  4. Reeditar seus traumas. Traumas de infância, em relação ao relacionamento de seus pais, modelos desestruturados de casamento, e até mesmo relacionamentos anteriores podem ser a causa de traumas na área afetiva e nos impedem de ter uma vida emocionalmente saudável.

Vamos buscar nossa saúde emocional (válido tanto para homens quanto para mulheres), uma qualidade de vida verdadeira e tentar diminuir o número de feminicídios no nosso país.


Luciana Marolla Garcia

Psicóloga CRP: 06/70229

Contato: (14) 99679-5510

Instagram:@psicolucianamarolla

Link do perfil: Luciana-Marolla-Garcia


#feminicidio #feminismo #violenciadomestica #machismo #feminista #violenciacontramulher #violenciadegenero #mulher #leimariadapenha #sororidade #relacionamentoabusivo #mulheres #feministas #empoderamentofeminino #denuncie #mulheresempoderadas #psicologia #psicóloga #terappia #terappiaonline

Últimas publicações desse Terappeuta

bottom of page