"O que, com efeito, se mostrou de começo a Freud, aos descobridores, aos que deram os primeiros passos, o que se mostra ainda a quem quer que na análise acomode por um momento seu olhar ao que é propriamente da ordem do inconsciente, - é que ele não é nem ser nem não-ser, mas e algo de não-realizado." (Jacques Lacan)

"Não era o sujeito do pensamento que interessava e sim o sujeito do inconsciente, que só podia se revelar através do discurso. Não era o Penso, logo existo de Descartes que contava e sim o Digo, logo existo." (Betty Milan)

Pensar é um processo absolutamente fundamental. Se não pensássemos, seríamos puramente, ação, instinto. Mas, em algum momento podemos nos dar conta que algo escapa a nosso pesamento, no sentido de percebermos que mesmo que tenahmos uma lógica racional, não é possivel seguir ela a todo momento, mesmo que conscientemente queiramos.

É o caso quando nos damos conta de padrões de repetições, sintomas, vicíos... qualquer coisa que nos escape. Isso porque existe uma outra lógica operando em nós, que é da ordem do inconsciente. Nos diz um grande psicanalista francês, Jacques Lacan, que o inconciente é estruturado como uma linguagem, quer dizer ali onde digo algo sobre mim, sobre o outro, meu desejo aparece, e a meneira como me posiciono no mundo.

Por isso, que tão importante quanto o pensar é o dizer. Ao dizer, sobretudo em uma psicoterapia psicanalitica, estamos no caminho de nos colocarmos mais em contato com o inconciente e a partir de então, quem sabe, sairmos de uma posição passiva na vida, para uma mais ativa em que as nossas palavras nos modificam.

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Com escuta e afeto,

Mariana de Sousa Aguilar

Psicóloga - CRP 06/181662

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