
É comum que, em algum momento da terapia, o paciente se sinta sem palavras. A pressão para "falar sobre algo" pode ser desconfortável, ainda mais quando não sabemos o que dizer ou como articular nossos pensamentos e sentimentos. No entanto, esse silêncio ou bloqueio verbal não é um obstáculo, mas uma oportunidade para o processo terapêutico se aprofundar.
Primeiro, é importante lembrar que não existe uma obrigação de sempre ter algo a dizer nas sessões. A terapia é um espaço seguro e livre de julgamentos, onde o simples ato de estar presente já é um passo importante. Quando não sabemos o que falar, isso pode refletir emoções difíceis de processar ou até mesmo uma resistência inconsciente a certos temas. Esses momentos podem ser analisados em conjunto com o terapeuta, que, com empatia, ajudará a entender o que está por trás do silêncio.
A ausência de palavras pode ser uma forma do inconsciente se comunicar. Muitas vezes, o que não conseguimos expressar verbalmente tem uma razão emocional ou psicológica profunda, que se não for explorada, pode seguir nos influenciando de maneiras sutis, mas intensas. A psicóloga está ali para ajudar a identificar esses bloqueios, muitas vezes interpretando comportamentos, sentimentos e até as lacunas nas palavras.
Além disso, a terapia envolve um ritmo próprio. Nem toda sessão precisa ser preenchida com fala constante. O silêncio também tem valor. Ele pode criar um espaço onde o paciente começa a perceber, de forma mais clara, seus próprios pensamentos e sentimentos, o que pode ser um passo crucial para o autoconhecimento.
Portanto, se você se encontrar sem saber o que falar, respire fundo e saiba que esse é um momento normal da terapia. Confie no processo e na psicóloga, que estará ao seu lado para te ajudar a entender o que realmente está em jogo! Não saber o que dizer pode, na verdade, ser o primeiro passo para encontrar as palavras mais importantes para o seu caminho de reflexão e autoconhecimento!!! Jessica Silva de Mello
Psicóloga CRP 12/24304
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