
Nem toda ansiedade se manifesta em crises visíveis ou em respirações ofegantes. Às vezes, ela se disfarça de silêncio, de um sorriso que tenta disfarçar o aperto no peito. Está nos pensamentos que não param, na dificuldade de relaxar, nas noites mal dormidas e na sensação constante de que algo está errado mesmo quando tudo parece bem.
É uma inquietação quieta, que consome aos poucos. Ela está na procrastinação que ninguém entende, na necessidade de controlar tudo para não desmoronar por dentro, na irritabilidade que aparece sem motivo claro. Muitas vezes, quem vive essa ansiedade silenciosa continua funcionando: trabalha, conversa, cumpre tarefas. Mas por dentro, sente-se esgotado, desconectado, sempre em estado de alerta.
Essa forma “calada” de ansiedade pode passar despercebida por quem está ao redor e até por quem sente. Por isso, é tão importante prestar atenção aos sinais sutis, ouvir o corpo, respeitar os próprios limites. A ansiedade não precisa gritar para ser real. E o cuidado emocional começa quando damos voz ao que está em silêncio.





