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PROCRASTINAÇÃO?

Conhece alguém assim?

23 de mai. de 2025

Alexandre Figueiredo

Psicologia
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Procrastinar é uma palavra que tem sido muito usada, volta e meia escutamos alguém falar, significa ser uma pessoa que adia seus possíveis compromissos maís sérios e preenche seu tempo com atividades secundárias, com isso acaba pagando um preço alto perdendo chances de lucros emocionais e de algum tipo de trabalho. Nunca ouvi alguém levar em consideração de como foi a vida de uma pessoa que acabou desenvolvendo este problema, como foi sua infância, como era sua relação com os pais, com familiares e as sociais, infelizmente estas pessoas deixam um rastro ruim por onde passa, ele acaba se prejudicando e aos outros, as vezes acaba sendo chamado de “irresponsável” por não cumprir os compromissos, como somos sociáveis, todos que convivem com ele acabam sendo envolvidos e afetados. Vou tentar exemplificar duas hipóteses de atitudes de uma criança passando por problemas psíquicos adquiridos na infância e que podem ser o estopim desse comportamento, João era uma criança solitaria, a mãe trabalhava muito e não tinha um relacionamento satisfatório com ele, não dava atenção, mas cobrava muito dele os estudos, dizia que quando chegasse iria cobrar a lição de casa feita, o dia passava e ele não fazia os exercícios e se distraia sozinho, quando ela chegava acabava tomando uma bronca, podemos entender que não fazer o solicitado ele está na verdade chamando a atenção, já que ele não existia afetivamente para ela, não fazer a lição assim como não fazer outras atividades e não cumprir é um mecanismo para ter alguma importância para ela, “existir na relação para ele era ser cobrado pelo não feito”, não tem ciência das consequências de seu comportamento e levará este comportamento para a sua vida adulta nas relações para com os outros. Maria era uma menina inteligente, boa aluna e ótimas notas, apesar desse comportamento sua família tinha problemas, seus pais tinham um relacionamento tóxico, trabalham muito e a deixavam sozinha em casa, algo aconteceu e ela começou a se comportar de modo diferente, não estudando, não tirando boas notas e se isolando tanto em casa quanto na escola, “algo aconteceu na família”, apesar de ser boa aluna não era elogiada pelos pais por ser inteligente, sua mãe não se preocupava com sua aparència, o que era ruim para ela na escola, sofria bullying. Como tudo não estava bem, não estudava, não tirava boas notas, não convivia com outras crianças, mesmo assim seus pais não lhe deram a devida atenção, podemos até achar que ficou com comportamento depressivo, seu rendimento caiu muito, não cumpria as tarefas escolares, se isolava no quarto, “brincava no celular o dia todo”, perdeu a responsabilidade que tinha dando lugar para a displicência, infelizmente. Quando se passa por estas situações quando criança, provavelmente, estaremos diante de adultos com o vício da procrastinação, as pessoas a sua volta perceberão e até evitarão algum compromisso, já que não cumpre o combinado e por mais que ele tenha conciência de suas atitudes, não consegue agir para si e nem para com os outros, a terapia pode ajudar esclarecer vários fatores que os levaram a este comportamento, revisitará esse passado, elaborará os fatos e melhorará muito o seu estar no mundo.

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