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Rigidez Cognitiva

O Que É, Suas Consequências e Por Que A Flexibilidade É Essencial

17 de set. de 2025

Tatiana Rodrigues Nagano

Autoconhecimento
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Você já sentiu aquela aversão a mudar um plano, mesmo que a mudança fosse para algo melhor? Ou já se pegou em um padrão de pensamento que simplesmente não conseguia largar? Essas são manifestações do que a psicologia chama de rigidez cognitiva, um fenômeno que vai muito além de ser apenas um traço de personalidade.Este artigo explora o conceito de rigidez cognitiva, suas manifestações, consequências e, mais importante, a diferença crucial entre ser rigidamente inflexível e ter limites saudáveis.Afinal, o que é Rigidez Cognitiva?Em sua essência, a rigidez cognitiva é um fenômeno intrapsíquico, que representa uma falha na função adaptativa do cérebro. É, basicamente, a incapacidade de se ajustar a novas informações ou circunstâncias.A rigidez não é apenas um déficit funcional, mas também pode ser uma resposta emocional e moral defensiva. Ela é um fator clínico relevante e pode se manifestar em diversos contextos patológicos. Em termos mais simples, é uma falta de maleabilidade mental que reduz a capacidade de reconhecer erros e dificuldades, tornando a pessoa incapaz de alterar uma conduta ou opinião quando estas se mostram ineficazes.Como a Rigidez se Manifesta na Prática?Na vida real, a rigidez cognitiva se manifesta de forma sutil, mas impactante. A pessoa não consegue considerar a perspectiva do outro ou uma nova abordagem, não por um ato de proteção consciente, mas por uma incapacidade mental de processar a mudança. O indivíduo pode ter uma aversão intransponível à mudança, mesmo quando confrontado com evidências de que ela seria benéfica.Um exemplo prático seria a pessoa que se recusa a tentar uma nova rota para o trabalho, mesmo com evidências claras de que ela seria mais rápida, simplesmente por não conseguir se desviar de sua rotina.As Consequências na Vida Pessoal e ProfissionalAs consequências da rigidez cognitiva são profundas e afetam a vida do indivíduo em múltiplas esferas. A incapacidade de lidar com o estresse e de se adaptar a novas circunstâncias diminui a capacidade de resolução de problemas e pode levar a um estado de desamparo e sofrimento emocional.Essa inflexibilidade mental pode gerar:Estresse crônico;Depressão;Isolamento social;Sentimentos de vazio, desconforto e falta de valor.A Grande Diferença: Limites Rígidos vs. Rigidez CognitivaÉ crucial não confundir a rigidez cognitiva com o estabelecimento de limites saudáveis, mesmo que de forma rígida. A diferença está na motivação.A rigidez na prática de limites (como nunca ceder em uma negociação) é um comportamento aprendido e defensivo. É uma escolha consciente para se proteger. A pessoa sabe que poderia agir de outra forma, mas decide não fazê-lo em prol de seu bem-estar ou de sua autonomia.Por outro lado, a rigidez cognitiva é uma incapacidade de mudar ou adaptar um pensamento ou comportamento. Uma pessoa com limites rígidosescolhe não ceder, enquanto uma pessoa com rigidez cognitiva não consegue ceder, pois sua mente não permite.Por que é Essencial Trabalhar essa Rigidez?Para alcançar o bem-estar e a resiliência, é fundamental buscar um equilíbrio, cultivando a flexibilidade cognitiva.Ela é uma função executiva fundamental que permite monitorar informações, detectar falhas e ajustar o comportamento de forma criativa. A flexibilidade cognitiva é essencial para a adaptação de pensamentos e comportamentos diante de novos desafios, para o planejamento e a resolução de problemas, sendo uma competência crucial em diversos contextos, permitindo que o indivíduo navegue pelo mundo com autenticidade e eficácia.Se você se identificou com a rigidez cognitiva, saiba que ela pode ser trabalhada. A terapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), oferece ferramentas para reestruturar pensamentos rígidos e desenvolver a flexibilidade mental, um pilar para uma vida mais fluida e saudável.

Você já sentiu aquela aversão a mudar um plano, mesmo que a mudança fosse para algo melhor? Ou já se pegou em um padrão de pensamento que simplesmente não conseguia largar? Essas são manifestações do que a psicologia chama de rigidez cognitiva, um fenômeno que vai muito além de ser apenas um traço de personalidade.

Este artigo explora o conceito de rigidez cognitiva, suas manifestações, consequências e, mais importante, a diferença crucial entre ser rigidamente inflexível e ter limites saudáveis.

 

Afinal, o que é Rigidez Cognitiva?

Em sua essência, a rigidez cognitiva é um fenômeno intrapsíquico, que representa uma falha na função adaptativa do cérebro. É, basicamente, a incapacidade de se ajustar a novas informações ou circunstâncias.

A rigidez não é apenas um déficit funcional, mas também pode ser uma resposta emocional e moral defensiva. Ela é um fator clínico relevante e pode se manifestar em diversos contextos patológicos. Em termos mais simples, é uma falta de maleabilidade mental que reduz a capacidade de reconhecer erros e dificuldades, tornando a pessoa incapaz de alterar uma conduta ou opinião quando estas se mostram ineficazes.

 

Como a Rigidez se Manifesta na Prática?

Na vida real, a rigidez cognitiva se manifesta de forma sutil, mas impactante. A pessoa não consegue considerar a perspectiva do outro ou uma nova abordagem, não por um ato de proteção consciente, mas por uma incapacidade mental de processar a mudança. O indivíduo pode ter uma aversão intransponível à mudança, mesmo quando confrontado com evidências de que ela seria benéfica.

Um exemplo prático seria a pessoa que se recusa a tentar uma nova rota para o trabalho, mesmo com evidências claras de que ela seria mais rápida, simplesmente por não conseguir se desviar de sua rotina.

 

As Consequências na Vida Pessoal e Profissional

As consequências da rigidez cognitiva são profundas e afetam a vida do indivíduo em múltiplas esferas. A incapacidade de lidar com o estresse e de se adaptar a novas circunstâncias diminui a capacidade de resolução de problemas e pode levar a um estado de desamparo e sofrimento emocional.

Essa inflexibilidade mental pode gerar:

  • Estresse crônico;
  • Depressão;
  • Isolamento social;
  • Sentimentos de vazio, desconforto e falta de valor.

 

A Grande Diferença: Limites Rígidos vs. Rigidez Cognitiva

É crucial não confundir a rigidez cognitiva com o estabelecimento de limites saudáveis, mesmo que de forma rígida. A diferença está na motivação.

A rigidez na prática de limites (como nunca ceder em uma negociação) é um comportamento aprendido e defensivo. É uma escolha consciente para se proteger. A pessoa sabe que poderia agir de outra forma, mas decide não fazê-lo em prol de seu bem-estar ou de sua autonomia.

Por outro lado, a rigidez cognitiva é uma incapacidade de mudar ou adaptar um pensamento ou comportamento. Uma pessoa com limites rígidos

escolhe não ceder, enquanto uma pessoa com rigidez cognitiva não consegue ceder, pois sua mente não permite.

 

Por que é Essencial Trabalhar essa Rigidez?

Para alcançar o bem-estar e a resiliência, é fundamental buscar um equilíbrio, cultivando a flexibilidade cognitiva.

Ela é uma função executiva fundamental que permite monitorar informações, detectar falhas e ajustar o comportamento de forma criativa. A flexibilidade cognitiva é essencial para a adaptação de pensamentos e comportamentos diante de novos desafios, para o planejamento e a resolução de problemas, sendo uma competência crucial em diversos contextos, permitindo que o indivíduo navegue pelo mundo com autenticidade e eficácia.

Se você se identificou com a rigidez cognitiva, saiba que ela pode ser trabalhada. A terapia, especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), oferece ferramentas para reestruturar pensamentos rígidos e desenvolver a flexibilidade mental, um pilar para uma vida mais fluida e saudável.

 

 

Referências Bibliográficas

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